As aranhas chegaram ao período contemporâneo, hoje o mínimo que se espera de nossas escolas e universidades é que estejam abertas para se discutir sobre os mais variados pontos de vista possíveis, algo amplamente previsto nas constituições mais diversas do mundo. A escola e os professores ainda têm e sempre tiveram o compromisso com a verdade, mas ao contrário de outras épocas e períodos, a verdade não pode ser absoluta e imutável, bem como os valores que se desejam imprimir nos alunos. Por isso quanto mais pontos de vistas possam ser abordados sobre um mesmo objeto, maior é a chance de nos aproximarmos da verdade e melhor será a qualidade do ensino.
Mas sempre existem aqueles radicais que parecem querem passar a foice na teia e martelar todo o lento progresso até aqui adquirido. Não é difícil toparmos com professores que saem de um curso de licenciatura achando que a História das sociedades se resume a história das lutas entre as classes. Isso porque foram civicamente “catequizados” dentro do pensamento da educação marxista como única verdade para a libertação, mas a meu ver, isso é fruto de um processo de alienação do professor e da escola que é comum ver em países de amplas desigualdades sociais como o nosso.
Julgo que somente através de uma educação pluralizada é que seja possível termos uma educação de qualidade para todo o mundo (se é que isso é possível), caso contrário a universidade estará formando jovens professores papagaios, educadores de ovelhas desprovidas de senso crítico que andam de cabeça baixa, em rebanho e comento o pasto pisoteado; ao invés de habilidosas aranhas. Em outras palavras, a educação se faz com lápis e borrachas, não com foices e martelos.
Ufa! Raridade se encontrar um intelectual "oxigenado", aberto. Leciono Filo na rede estadual e não sei como passei pela federal sem me contaminar por este vírus de uma pseudo intelectualidade que parece se afirmar somente quando se engaja em ideologias pre fabricadas numa matriz marxista. Parabenizo teu senso de liberdade de expressão, do qual comungo e sem o qual seria perigoso até nos aventurarmos a lecionar sem a imagem alegórica de um "jogador de sementes" um jogador de sementes não coloca na cabeça de seus alunos mas sim convida eles, inquieta seus espíritos, assim como as sementes que caem aleatoriamente irão desabrochar onde melhor lhes convier;
ResponderExcluirGrande abraço! Belo site e Feliz Natal!
Obrigado FILOSMAR. É incrível como tentam empurrar a ideia de que pensamento critico é pensamento de de esquerda. Isso é a mais pura mentira. O primeiro passo é sempre pensar com a própria cabeça e se esforçar para fazer com que os alunos também pensem assim... Marx não tem sentido neste contexto, afinal seu maior erro foi ter ignorado as crianças em seus "manifestos". Esta "educação marxista" realmente me parece viral, feita em embalagem e espalhada por pseudo intelectuais! e olha que sou socialista, membro ativo do PSB, por isso falo com voz de autocrítica, o que sempre tem mais relevância. De Dezembro a Janeiro estou postando uma série de textos chamados "Critica a Escola" aqui no site. Se Trata de uma bem fundade crítica de vanguarda a Escola enquanto instituição baseada na teoria das comunidades de investigação. Sugiro seguir acompanhado o site. Abraços!
ResponderExcluirÉ incrível como as pessoas costumam a confundir "pensar diferente" com "ser do contra"...É bem fácil encontrar pessoas "do contra", contra o governo, contra o carnaval, contra a tv, contra isso, contra aquilo... Mas são poucos os que pensam diferente. PENSAR DIFERENTE significa pensar ALÉM DO ÓBVIO e TER A MENTE ABERTA para os mais variados pontos de vista. Muitos tem a mente tão fechada acham que pensar diferente é ser de esquerda quando a maioria é de direita e vice versa, isso é ser do contra. Que pensa diferente pode até ser da direita ou da esquerda, mas saberá avaliar bem cada caso e saberá que existem infinitas variações e possibilidades para o estudo de cada caso. Hoje em dia é complicado de comentar na internet sem ser taxado de comunista ou liberal...
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