estudos especulativos realizados pelos mais diversos tipos de filósofos ao longo de
toda a história. Sempre existiram os pensadores céticos, empíricos ou naturalistas
que se dedicam a criticar esta postura da filosofia tradicional, porém para
elaborarem suas críticas, geralmente se sentam em suas confortáveis poltronas e
elaboram grandes estudos especulativos.
Talvez devido a isso o conceito de vivência (Erlebnis) tenha surgido em
filosofia somente no final do séc XIX. Sua origem remete ao termo “vivenciar”
(Erleben) que significa estar vivo e próximo quando algo acontece. Vivenciar possui
um tom puramente imediato, agarrado ao real e não ao ilusório.
Porém o conceito de vivência vai muito além do conceito de vivenciar.
Também está relacionado à palavra vivenciado (das Erlebte) que significa o
conteúdo duradouro daquilo que foi vivenciado. Desta maneira algo se transforma
em vivência na medida em que não somente foi vivenciado, mas que aquilo que foi
vivenciado recebeu ênfase especial por aquele que vivenciou. Com isso a vivência
se torna duradoura, mesmo que apenas como memória, pois se torna tão rica que
pode revelar questões que vão muito além dos estados mentais e emocionais que
um fato pode gerar em um indivíduo.
A vivência possui um posicionamento intermediário entre o empírico e o
especulativo. Julgo até que ela transcende estes dois paradigmas, pois ela
acompanha o indivíduo em cada momento de sua vida estando sempre aberta à
novas reflexões e dotada de significado duradouro.(GADAMER, 2002, p. 117-131)
Com base em tudo que foi argumentado, inicio a investigação deste trabalho
com uma análise reflexiva das minhas vivências enquanto aluno da Escola.
Este texto faz parte do trabalho chamado “Crítica a Escola” escrito por mim Fabio Goulart. Para fazer o Download do trabalho Completo CLIQUE AQUI. Todos os dias será postado um novo texto deste trabalho aqui no site! Boa Leitura!
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