Lembro-me que na maioria das aulas do meu tempo de escola os conteúdos
eram apresentados da seguinte maneira: primeiro líamos um texto ou o professor
escrevia no quadro alguma regra ou teoria de sua respectiva disciplina; depois nos
eram apresentados dois ou três casos onde aquela teoria poderia ou não ser
aplicada; por fim, tínhamos que realizar uma série de exercícios sobre o assunto,
onde supostamente aplicávamos aquilo que havíamos conseguido aprender do
conteúdo.
Ou seja, excerto em algumas aulas, como as de um dedicado professor de
ciências que tive no Ensino Fundamental e nas aulas da já citada jovem professora
de matemática do Ensino Médio, partíamos dos resultados finais e buscavam suas
supostas finalidades. O problema deste método é que é completamente
anti-intuitivo. Para o professor que estuda e leciona determinada matéria há anos
esta anti-intuitividade pode não parecer tão evidente, mas quando se tem doze ou
treze anos de vida e nunca viu aquelas questões, tudo parece confuso, abstrato16 e
desestimulante.
O processo educacional em sala de aula deveria abandonar esta postura de
ensinar “macetes” para se aplicar teorias em exercícios pré-elaborados e deveria
buscar um modelo parecido com o modelo de investigação cientifica. (LIPMAN,
1995, p. 31) O cientista primeiramente se envolve com um problema, depois
emprega o método de sua determinada corrente de estudo, após isso observa e
questiona as experiências obtidas, para só então obter os resultados e compreender
o que pode ser compreendido daquele empreendimento.
Assim sendo, a metodologia na Escola deve se preocupar com a exploraçãodas problemáticas que fomentaram determinadas teorias. Instigando os alunos a
criarem suas próprias linhas de raciocínio e consequentemente aprenderem a
pensarem com a própria cabeça acerca das teorias e resultados obtidos em
determinada disciplina. Ou seja, a sala de aula deve ser convertida em uma
Comunidade de Investigação.
Este texto faz parte do trabalho chamado “Crítica a Escola” escrito por mim, Fabio Goulart. Para fazer o Download do trabalho Completo CLIQUE AQUI. Todos os dias será postado um novo texto deste trabalho aqui no site! Boa Leitura!
16 Neste parágrafo a palavra “abstrato” assume o papel de “não possuir ligação com a realidade do
aluno”, tornando-se quase que incompreensível.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.