mesmos nas aulas mais monótonas sempre são feitas perguntas clássicas, tais
como: “Vocês entenderam a matéria?” ou ainda, “Ficaram com alguma duvida?”. E
os alunos cordialmente respondem: “Não temos dúvida querida professora.”
As frases usadas cima são exemplos clássicos e gritantes de como o
professor pode fazer perguntas relacionadas ao assunto e os alunos responderem
sem que isso gere alguma atividade verdadeira do pensar.
Se o processo for totalmente mecânico, ou se o professor trouxer as
perguntas e suas respectivas respostas pré-prontas, provavelmente não haverá
incentivos naturais à prática da investigação e aula correrá o risco de se tornar ainda
mais estruturada e desestimulante para o aluno do que se não houvesse tais
perguntas.
O professor necessita perceber quais questões serão estimulantes,
interessantes e exigirão a reflexão e a investigação dos alunos. Não existe um tipo
especifico de questões a serem feitas, porém devem ser questões que ponham em
dúvida as certezas dos alunos, que sejam discrepantes ou carreguem em si algo
quase chocante e abominável, algo que não consiga deixar nem o mais desatento
dos alunos indiferente ao que foi dito. Sempre que possíveis, as perguntas devem
surgir da iniciativa dos alunos e quando não existir esta iniciativa, deve partir da
sensibilidade do professor.
Tal como as aulas e as perguntas realizadas pelo professor devem ser
questionadoras e dinâmicas, o currículo escolar também deve ser. Para isso ele não
pode ser paralisador do pensar, ou se apresentar de maneira clara e inflexível. Para
Lipman, o currículo escolar deve trazer à tona aspectos do tema ainda não
resolvidos e problemáticos, a fim de prender a atenção dos alunos e estimulá-los a
formar uma Comunidade de Investigação. (LIPMAN, 1995, p. 32)
Este texto faz parte do trabalho chamado “Crítica a Escola” escrito por mim, Fabio Goulart. Para fazer o Download do trabalho Completo CLIQUE AQUI. Todos os dias será postado um novo texto deste trabalho aqui no site! Boa Leitura!
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