quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

4.2 A COMUNIDADE DE INVESTIGAÇÃO PARA COMBATER O PRECONCEITO

 

Tal como as crianças podem aprender como o raciocínio preserva a verdade,

e a tradução significa preservar o sentido, podem aprender que viver em

comunidade significa preservar a atenção e o interesse pelas pessoas e pela

sociedade. A Escola pode ser responsável por deixar que as crianças se sintam oprimidas e excluídas, ou que se sintam acolhidas e incluídas, mantendo vivo o interesse real nos sentimentos dos outros, algo que tanto falta em nossa sociedade.



Para Lipman, a distância entre o desinteresse, a desatenção e o preconceito

é muito pequena. (LIPMAN, 1995, p. 368) O preconceito nasce de convicções

rígidas, inflexíveis e infundas que geralmente estão agarradas a estereótipos que as crianças aprendem com os adultos. O pensamento estereotipado resulta na injustiça, na intolerância e até em atitudes violentas. Hoje em dia se fala muito em bullying, este é um exemplo claro de consequência violenta que o pensamento estereotipado pode gerar dentro da Escola.



Para combater o bullying se deve combater os preconceitos e os estereótipos

ao qual está ancorado. Para isso é necessário se estar preparado para enfrentar nossos próprios preconceitos e convicções equivocadas; verdadeiros labirintos de atitudes irracionais e pensamentos capciosos que funcionam com armas de atitudes tão defensivas que podem se tornar violentas contra indivíduos que aparentemente se enquadram dentro de algum estereótipo. Neste sentido:



                              “A Comunidade de Investigação é um processo altamente promissor através

                              do qual o pensar é mais justo para com as outras pessoas, que aceita mais

                              as outras pessoas, sem que sejam destruídas as auto-imagens positivas dos

                              participantes. À medida que o julgamento é aperfeiçoado e fortalecido,

                              substituímos as opiniões e tendências distorcidas por convicções e atitudes

                              menos preconceituosas em relação as quais éramos, até então, tão

                              defensivos.” (LIPMAN, 1995, p. 369)



O preconceito costuma surgir de algum tipo ausência oriunda de

incapacidades da sociedade. Cada vez mais os governos liberalistas atuais, em

nome de liberdade política e econômica, acabam por deixar a vida de seus de seus cidadãos mais e mais vazia de significados que lhe deem algum tipo de identidade.



A Escola deve estar pronta para preencher estes vazios, afinal por ela passarão os futuros políticos, empresários, médicos, assaltantes, assassinos e até os futuros ditadores.



Por fim, mais do que uma educação mais interessante para os alunos, mas

saudável para a sociedade e gratificante para os professores; a Escola deve

preencher de maneira não autoritária os vazios deixados pela vida do século XXI, a fim de combater o preconceito e a intolerância que costumam nascer destes espaços. Isso porque julgo que indivíduos que pensam com a própria cabeça desenvolvem uma identidade muito forte e consistente, não precisando estereotipar nenhum tipo de pessoa para tentar se afirmar socialmente.




 
Este texto faz parte do trabalho chamado “Crítica a Escola” escrito por mim, Fabio Goulart. Para fazer o Download do trabalho Completo CLIQUE AQUI. Todos os dias será postado um novo texto deste trabalho aqui no site! Boa Leitura!


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