sábado, 30 de junho de 2012
sexta-feira, 29 de junho de 2012
quarta-feira, 27 de junho de 2012
sexta-feira, 22 de junho de 2012
quinta-feira, 21 de junho de 2012
quarta-feira, 20 de junho de 2012
Hoje é o dia Mundial dos Refugiados.
Segundo a Convenção das Nações Unidas relativa ao Estatuto dos Refugiados, mais conhecida como Convenção de Genebra de 1951, refugiado é toda a pessoa que, em razão de fundados temores de perseguição devido à sua raça, religião, nacionalidade, associação a determinado grupo social ou opinião política, encontra-se fora de seu país de origem e que, por causa dos ditos temores, não pode ou não quer regressar ao mesmo.
A Convenção de Genebra de 1951 foi assinada naquela cidade, sob a égide do ACNUR.
Vídeo enriquecedor com meus colegas e professores.
terça-feira, 19 de junho de 2012
segunda-feira, 18 de junho de 2012
sábado, 16 de junho de 2012
sexta-feira, 15 de junho de 2012
Aprender a dizer não
Parece uma coisa simples, mas é extremamente complexa. Quantas são as pessoas que conseguem dizer não inclusive para seus desejos mais importantes e ao mesmo tempo mais desnecessários? "Dizer não" é uma vitória da razão e da autonomia. Me lembro dos tempos de quartel, onde entre todas as coisas, dizer não era a mais proibida de todas... tristes tempos aqueles...
Não adianta explicar quando o outro está dedicado a não entender
Como professor eu sempre busco dar a melhor explicação. Mas não dá pra simplesmente abrir com uma serra as mentes fechadas... a coisa é mais sutil e complicada.
quarta-feira, 13 de junho de 2012
terça-feira, 12 de junho de 2012
Feliz dia dos Namorados ♥
São os votos do filosofiahoje.com para todos aqueles que já encontraram sua cara-metade nesta caminhada louca que é a vida... Para os que não encontraram, não se desesperem, afinal quem foi que disse que não dá pra ser feliz sem ter alguém ao seu lado?!
segunda-feira, 11 de junho de 2012
Eventos e Encontros Filosóficos - Junho de 2012
12
| Certamente existirão muitos outros Eventos e Encontros Filosóficos este mês. Se você sabe de algum e gostaria de compartilhar conosco, favor colocar as devidas informações nos "comentários" desta postagem... OBRIGADO!!! O Programa de Pós-Graduação em Filosofia da PUCRS convida para a palestra:
Local: PUCRS - Prédio 40, Auditório
"The epistemology of disagreement I: "splitting the difference", and skepticism about intellectual endeavors".
Prof. Dr. Anthony Brueckner - University of California, Santa Barbara, EUA.
Entrada Franca
*A palestra será em inglês, sem tradução.
*Não é necessário realizar inscrição prévia.
Informações: Filosofia-pg@pucrs.br -(51) 3320-3554
| 14h. | |
13
| O Programa de Pós-Graduação em Filosofia da PUCRS convida para a palestra:
"The epistemology of disagreement II: rational uniqueness vs. epistemic permissiveness, and 'sticking to your guns'".Local: PUCRS - Prédio 40, Auditório
Prof. Dr. Anthony Brueckner - University of California, Santa Barbara, EUA.
Entrada Franca
*A palestra será em inglês, sem tradução.
*Não é necessário realizar inscrição prévia.
Informações: Filosofia-pg@pucrs.br -(51) 3320-3554
| 14h. | |
14
| O Programa de Pós-Graduação em Filosofia da PUCRS convida para a palestra:
"The epistemology of disagreement III: contra 'sticking to your guns', and the independence principle".Local: PUCRS - Prédio 40, Auditório
Prof. Dr. Anthony Brueckner - University of California, Santa Barbara, EUA
Entrada Franca
*A palestra será em inglês, sem tradução.
*Não é necessário realizar inscrição prévia.
Informações: Filosofia-pg@pucrs.br -(51) 3320-3554
| 14h. | |
14
| O Programa de Pós-Graduação em Filosofia da PUCRS convida para a palestra:
"Indústria cultural, mídia e religião".Local: PUCRS - Prédio 50, sala 811
Prof. Dr. Júlio Cezar Adam (Escola Superior de Teologia – EST)
Entrada Franca
Informações: Filosofia-pg@pucrs.br -(51) 3320-3554
| 9h. | |
25 a 27
| O Programa de Pós-Graduação em Filosofia da PUCRS convida para:
IX Semana Acadêmica do PPG em Filosofia da PUCRS
“Pragmatismo e Racionalidade Prática”
Conferencistas:
Prof. Dr. Ivo Ibri - PUCSP
Prof. Dr. Denis Coitinho - UFPEL
Profa. Dra. Sílvia Altmann - UFRGS
Prof. Dr. Adriano Naves de Brito - UNISINOS
Prof. Dr. Konrad Utz - UFC
Prof. Dr. Carlos Ferraz - UFPEL
Prof. Dr. Agemir Bavaresco - PUCRS
Profa. Dra. Sofia Stein - UNISINOS
Prof. Dr. Manfredo Araújo - UFC
Prof. Dr. João Hobuss - UFPEL
COMUNICAÇÕES: Inscrições até 10 de maio/2012 - ppgfil.sa@gmail.com
Informações: Tel. 51 - 3320.3554, filosofia-pg@pucrs.br
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quarta-feira, 6 de junho de 2012
SOB A BRISA FANTASMAGÓRICA DE UMA NOVA AUSCHWITZ
SOB A BRISA FANTASMAGÓRICA DE UMA NOVA
AUSCHWITZ
ABSTRACT
PRÓLOGO
Dente os diversos alunos que receberam esta aula notei no rosto de um deles, justamente no CASE[5] onde estavam apreendidos os jovens mais perigosos e violentos, um semblante perfeito de espanto e dúvida. Este jovem olhou para mim e questionou: “-Como pode um governo levar um povo inteiro à guerra e ao assassinato massivo e mecânico de outro povo? Principalmente sedo boa parte deste outro povo gente daquele mesmo país?”. Fiquei atônico e sem saber o que responder. Aquela pergunta questionava e buscava uma razão para a barbaria vindo de um jovem assassino condenado. Fiquei atônico, afinal, naquele segundo percebi que provavelmente nenhuma filosofia válida seria capaz de “dar razões” à Auschwitz e que tal barbárie talvez fosse incognoscível até mesmo para um jovem bárbaro.
INTRODUÇÃO
2. CRÍTICA À RAZÃO PURA
(...)a liberdade do sujeito não se identifica com a liberdade e igualdade garantidas pelos procedimentos jurídicos e políticos do Estado. Ao tentar salvar a autonomia moral da razão pura frente de todo encadeamento social, a ordem social e sua regularização jurídica ficam em parte também a salvo da determinação moral que assim é privatizada e neutralizada (Moreira, 2008, p.16).
(...)ele confiava que a contradição interna do capitalismo e a agudização da injustiça que sofria o proletariado, constituiria um sujeito revolucionário capaz de por fim a todo tipo de dominação social, isto é, de alcançar uma verdadeira emancipação (Moreira, 2008, p.17).
As relações sociais de dominação (...) exigem disciplina a lógica da dominação mascarada de “autodeterminação”, seja na autoafirmação soberana dos que participam na troca capitalista, seja no pensamento identificador. (Moreira, 2008, p.22)
Fabio Goulart[1]
RESUMO
Partindo da vivência que o autor teve ao ensinar
filosofia dentro de uma instituição sócio educacional para menores infratores,
este trabalho avalia e reconstrói o imperativo categórico de Theodor Ludwig W.
Adorno que possui caráter moral e pedagógico ao nos dizer que devemos “Educar para que Auschwitz jamais se
repita”.
PALAVRAS-CHAVES: Nova Auschwitz. Imperativo categórico.
Indivíduo esvaziado.
ABSTRACT
Based on the living
experience that the author had to teach philosophy in an educational social
institution for juvenile offenders, this study evaluates and reconstructs the
categorical imperative of Theodor W. Ludwig Adorno who has moral character and
pedagogical by telling us that we must "educate so that Auschwitz will
never happen again."
KEYWORDS: New
Auschwitz. Categorical imperative. Individual emptied.
PRÓLOGO
O velho e inexplicável furacão já passou. A aldeia dos
homens já está reconstruída. Não é possível mais ver quase nenhuma sequela
física naquelas bandas, mas nas almas dos homens ainda sangram as feridas que
jamais cicatrizam. O furacão já se foi... Resta agora uma brisa gélida e
fantasmagórica sobre nossas cabeças.
No início do ano de 2012 aceitei desafio de ensinar sobre
a filosofia e o filosofar para jovens que cometeram crimes e estavam condenados
a cumprir medida sócio educativa em regime fechado.
Eram jovens entre quinze e vinte e um anos de idade,
trancafiados em e ambientes imundos, sombrios, fedorentos, e numa temperatura
perto dos cinquenta graus Celsius. Um ambiente sem a menor condição de promover
a mínima dignidade humana, quem dirá então ser um ambiente de aprendizagem
escolar e reabilitação social.
Ao iniciar minhas aulas, notei logo de cara que esses
jovens em privação total de liberdade e cidadania, apresentavam um nível de
interesse e abstração frente aos conceitos e propostas filosóficas muito
superiores a maioria dos jovens suburbanos livres situados na mesma facha
etária dos referidos. Falo isso a partir de minha própria experiência docente e
discente, afinal fui um jovem suburbano e entendo “sensitivamente” os inúmeros
pontos de implicação social que isso significa. Conheço bem os vários “nãos”
que realidade social aplica aos jovens desta situação e o maquiavélico desejo
de se atingir os objetivos materiais através de métodos ilícitos.
Estes jovens se mantinham atentos a cada minuto da aula e
faziam inúmeras abstrações e comparações entre os assuntos filosóficos e suas
realidades de vida. A partir do método das Comunidades de Investigação de
Matthew Lipman[2],
por mim aplicado, boa parte dos alunos conseguia chegar a suas próprias
conclusões e, em seguida, refutá-las enquanto verdades absolutas frente ao
grupo de colegas. De fato eles estavam dispostos a refletir sobre a realidade
empírica e conceitual de suas vidas, porém apresentavam grande dificuldade de
lidar com o conteúdo formal da história da filosofia.
Notei que tal dificuldade era, em grande parte, oriunda da
falta de qualidade na educação escolar que receberam. Fato que não só os
levaram
a uma
vida de crimes e barbárie[3],
mas também os deixaram sem o mínimo conhecimento histórico da humanidade. Eram
jovens vivendo o presente, mas sem o menor conhecimento do passado. Como fazer
com que se reconheçam como parte agente de uma história humana da qual a desconhecem
em absoluto? Estavam ali, pois, como veremos adiante, eram total objeto do
sistema, alienações factuais da Indústria Cultural[4].
Uma ampliação das respectivas realidades históricas, sociais e culturais se
fazia urgentemente necessária, afinal, o “mundo” de cada um daqueles jovens
começava e terminava nos limites de sua comunidade ou de sua facção criminosa. Digo-lhes
que todos colocavam orgulhosamente ao lado de suas assinaturas a comunidade de
origem e (ou) a facção criminosa
pertencente.
Nesta incursão histórica necessária não só para a boa
desenvoltura das aulas de filosofia, mas para a re-significação do sentido de
vida daqueles jovens, passamos pela segunda guerra mundial e pelo holocausto.
Falei sobre o que aconteceu e sobre o fato de Adolf Hitler e o Partido Nacional
Socialista dos Trabalhadores Alemães (Nationalsozialistische
Deutsche Arbeiterpartei – NSDAP) terem se valido da fragilidade do ego do
povo alemão após a derrota da primeira guerra para criarem um grande espetáculo
estético que conduziria a Alemanha ao nazismo e consequentemente os horrores da
guerra.
Dente os diversos alunos que receberam esta aula notei no rosto de um deles, justamente no CASE[5] onde estavam apreendidos os jovens mais perigosos e violentos, um semblante perfeito de espanto e dúvida. Este jovem olhou para mim e questionou: “-Como pode um governo levar um povo inteiro à guerra e ao assassinato massivo e mecânico de outro povo? Principalmente sedo boa parte deste outro povo gente daquele mesmo país?”. Fiquei atônico e sem saber o que responder. Aquela pergunta questionava e buscava uma razão para a barbaria vindo de um jovem assassino condenado. Fiquei atônico, afinal, naquele segundo percebi que provavelmente nenhuma filosofia válida seria capaz de “dar razões” à Auschwitz e que tal barbárie talvez fosse incognoscível até mesmo para um jovem bárbaro.
Por algum motivo respondi: “-investindo em educação.”. Tal resposta causou um susto ainda maior
ao jovem, pois certamente ele, como boa parte da população mundial, tem nas
vísceras a ideia de que um governo que investe em educação: investe num futuro
melhor para seu povo. Este pressuposto intrínseco na nossa cultura provou com
Auschwitz ser um grande engodo e esconder outros pressupostos capazes de
disseminar o ódio, o horror e o sofrimento em estado puro. Auschwitz se mostrou
como o próprio limite que barbárie pode chegar quando se pretende afirmar a
identidade de algo ou alguém perante a subjugação do outro.
INTRODUÇÃO
Investir na educação é o que de mais nobre pode um
governo, mas à quais princípios e interesses servirão tal investimento? Qual
imperativo moral deve se agarrar o nosso educar?
Para Theodor Ludwig W. Adorno a resposta para essas duas
questões seria que o único interesse e principal imperativo moral de toda
prática de ensino-aprendizagem deve ser: “Educar para que Auschwitz jamais se
repita”.
Com o intuito de clarificar este imperativo, suas
motivações e implicações; inicio esta pesquisa. Também irei traçar alguns
paralelos com certos acontecimentos atuais para verificar se estamos agindo
certo em direção a tal imperativo de Adorno e quais estratégias podemos adotar
frente a essa questão e seus problemas subsequentes.
1. POR QUE AUSCHWITZ?
1. POR QUE AUSCHWITZ?
Este imperativo categórico de Adorno não nos é só ético e
moral como também tem forte e necessário viés pedagógico, afinal lhes afirmo que
a educação foi um instrumento muito bem usado pelo regime nazista[6]
para o sucesso da barbárie sobre a razão durante segunda guerra mundial. Neste
sentido a exigência de que Auschwitz não se repita deve ser sempre a primeira
exigência das tantas que devemos fazer à educação.
Em seu livro chamado Dialética
Negativa, Adorno vê tal exigência como tão básica e evidente que não
precisa ser fundamentada. Da mesma forma, não podemos nem devemos tentar
fundamentar ou explicar a barbaria realizada em Auschwitz, o terror é evidente
e tentar migrar nesta direção seria ainda mais bárbaro. Infelizmente pouco fizemos
para evitar a barbárie e com isso deixamos nosso futuro e presente abertos para
Novas Auschwitzs.
Para que se entenda este imperativo não podemos olhar Auschwitz
como um acontecimento localizado num determinado espaço temporal, precisamos
entendê-la como um referencial universal que a humanidade deve evitar com todas
suas forças. Isso equivale a dizer que Adorno não está tentando defender o povo
judeu, é muito difícil imaginar campos de concentração e extermínio de judeus
no Brasil do século XXI, afinal essa é uma religião de pouca influência na
realidade brasileira. Por que então devemos evitar a repetição disto tudo se
não há riscos aparentes disto tudo acontecer?
Adorno se refere ao risco do extermínio injustificável,
massivo de seres humanos, organizado burocraticamente, dirigido
administrativamente e executado de modo industrial.
Para José Antonio Zamora existem duas frentes de investigação
(Moreira, 2008, p.12):
I- Vincula o significado universal de Auschwitz à
singularidade do acontecimento. Nesta linha tal acontecimento seria expoente
máximo do mal radical, a quebra de tudo que define o humano como tal, onde não
só se atentou contra a humanidade daquelas pessoas exterminadas, como se tentou
aniquilar a própria humanidade contida nas mesmas;
II- Vê Auschwitz como o extremo que uma lógica de
dominação e aniquilamento pôde chegar em toda história da humanidade, revelando
o lado mais sombrio que qualquer
dominação pode esconder.
Julgo que as duas frentes não se
excluem e é interessante investigarmos nas duas. A razão humana não pode de
maneira alguma tentar justificar Auschwitz sem estar negando a si mesma, sua
economia, sua história, etc. Para Zamora reside justamente nessa
injustificabilidade a singularidade universalizadora de tal fato, não só isto,
reside também a prova incontestável do risco que toda ideologia esconde ao
tentar gerar indivíduos perfeitamente identificados consigo mesma e diferentes
de si mesmos e dos outros (Moreira, 2008, p.12). Devemos ter cuidado, não estou
afirmando com isso que a racionalização de um crime o deixa menos horrível e
condenável.
Auschwitz não foi um “mero acidente”
na história da humanidade, ela é prova viva que o projeto emancipatório
proposto pela modernidade pode criar uma lacuna tamanha que venho a culminar em
tal barbárie. Ela estraçalhou o espírito iluminista e para Zamora (Moreira,
2008, p.14) revela a cumplicidade existente entre a razão moderna e o princípio
de dominação.
Ao tentar responder “por que
Auschwitz?” não só é possível entender o motivo de devermos ter na busca por
sua não repetição o imperativo moral e pedagógico universal para humanidade, como
acabamos por revelar a patologia da sociedade e seus indivíduos frutos da
racionalidade moderna que necessita ser criticada em suas raízes para evitar o
retorno do horror.
2. CRÍTICA À RAZÃO PURA
Se o projeto da modernidade fracassa
ao permitir o acontecimento de Auschwitz, isso não justifica seu total
abandono. A necessidade de uma educação emancipatória se faz ainda mais
necessária após o ocorrido, porém com uma exigência crítica ainda maior.
Kant em sua resposta sobre o que é o
iluminismo, dentre outras coisas, ele nos disse que o Iluminismo[7]
era a voluntária saída da humanidade de seu estado de menor idade em busca de
uma fase adulta, esclarecida, autônoma e responsável por seus atos.[8]
Foi justamente este projeto que visa à emancipação do homem de toda tutela
externa em busca da servidão única e autônoma ao próprio entendimento que
fracassou[9], e
permitiu que a humanidade cometesse seu
mais bárbaro ato mesmo após seu proposto esclarecimento.
Claro que com Kant este esforço
estava apenas começando. O caminho que teoricamente nos conduzirá a emancipação
estava apenas sendo traçado, mas como observamos historicamente, não foi capaz
de superar lacunas imensas que deram espaço, por exemplo, a Auschwitz.
Julgo que neste processo em busca a
emancipação, a pedagogia detém uma posição privilegiada e necessária, que pode
nos levar a uma Nova Auschwitz, ou a um mundo melhor dotado de indivíduos
autônomos. Zamora (Moreira, 2008, p.15) diz que emancipação, razão e educação
estão definitivamente conectadas.
Parece-me que a capacidade para se
executar em sua plenitude tal projeto está além da capacidade inerente à
própria razão humana, dependendo também de fatores sociais, econômicos,
políticos, históricos, etc. Para Zamora: “A
liberdade pura é o pressuposto de uma autodeterminação racional possível, mas
já não se pode precisar o lugar social em que essa liberdade pura se realiza”.
Em Kant[10]:
(...)a liberdade do sujeito não se identifica com a liberdade e igualdade garantidas pelos procedimentos jurídicos e políticos do Estado. Ao tentar salvar a autonomia moral da razão pura frente de todo encadeamento social, a ordem social e sua regularização jurídica ficam em parte também a salvo da determinação moral que assim é privatizada e neutralizada (Moreira, 2008, p.16).
A pergunta que Zamora nos faz é: “Como
criticar as condições sociais e históricas de possibilidade da crítica – sob as
quais se escondem pendências e sujeições – sem recorrer a um essencialismo
ahistórico ou a um formalismo desencarnado?” (Moreira, 2008, p.16)
Se para respondermos esta pergunta
recorrermos a Karl Marx[11]
veremos que tal filósofo acreditava que só a experiência real da injustiça e o
enfrentamento de interesses contrapostos podem abrir o caminho para uma
transformação estrutural das relações de forças sociais. Por exemplo:
(...)ele confiava que a contradição interna do capitalismo e a agudização da injustiça que sofria o proletariado, constituiria um sujeito revolucionário capaz de por fim a todo tipo de dominação social, isto é, de alcançar uma verdadeira emancipação (Moreira, 2008, p.17).
Infelizmente Marx estava errado, a contradição verificada
no capitalismo gerou um sujeito psicologicamente esvaziado, sem identidade
própria, que pode ser facilmente manipulado por espetáculos estéticos, que
busca acima de tudo dominar para não ser dominado, que pouco faz em busca da auto
emancipação e que foi e é capaz de abdicar de sua própria racionalidade e
humanidade em direção a regimes nazistas e fascistas, como de fato ocorreu em
meados do século XX.
Ao invés de acordar para a vida adulta autônoma e
consciente, a humanidade parece que se comportou como um jovem imoral e inconsequente.
Mas quais foram os pontos que permitiram tamanho fracasso
do belo projeto da modernidade? Quais erros precisamos evitar para evitar uma
Nova Auschwitz?
A partir de Adorno na Dialética
do Esclarecimento, lhes digo que o princípio de identidade é inerente tanto
à racionalidade identificadora e dominadora da natureza, como à racionalidade
da troca capitalista.(Adorno, 2006)
Em sua natureza o princípio de identidade age de tal
forma acaba por ocultar o singular e individual sob a universalidade abstrata
do conceito identificador, ou seja, o pensamento identificado torna-se um
instrumento de dominação. (Moreira, p.18)
Da mesma maneira o princípio de troca capitalista tenta
eliminar a nossa singularidade, nos reduzindo diariamente e simples
denominadores substituíveis e comuns. Nisto consiste o esvaziamento psicológico
dos sujeitos anteriormente citado.
Julgo que a contradição existente no capitalismo que
vivemos reside no fato de ser um sistema baseado na diferença, mas que busca
uniformizar os pensamentos e os indivíduos a partir de uma lógica interna autorreguladora
que nos ensina a tratar com hostilidade tudo que se apresenta como diferente de
si mesma. Justamente assim o sistema cria seu jeito de se impor sobre os
indivíduos, falsificando a impressão de já estar contido na essência de cada
um, forçando-nos o princípio de identidade e acabando por impossibilitar o
exercício da autonomia plena. Desta contradição surgem as lacunas que permitem
absurdos históricos como o fascismo, o nazismo, fundamentalismo religioso, o
terrorismo, etc. Auschwitz não nasceu desta lacuna, mas certamente esta foi uma
condição necessária para usa realização.
Para evitamos uma Nova Auschwitz, precisamos de meios
para que o sujeito seja ressignificado num sistema onde o diferente possa ser
aceito sem medo, para isso é imprescindível que o todo não esteja falsificado
previamente nas partes.
Auschwitz é a prova incontestável de onde o princípio de
identidade pode chegar em direção à maldade e ao desrespeito ao não-idêntico.
3. A
CONSTRUÇÃO DE UM PRESENTE EM CRISE
Vivemos em um tempo de crise, e não me refiro somente à
crise econômica global que aflorou em 2008 e que até o momento se mostra
insolucionável. A crise se dá, pois julgo que o passado representado pelo
projeto da modernidade já se foi, assassinado e queimado nas câmaras de gás e
cremação de Auschwitz. Em contra partida, o futuro, que pode ser representado
por projetos que tentaram ressignificar[12] e
concertar aquele antigo projeto de emancipação, ainda não chegou, e não sabemos
se de fato chegará. Para piorar a situação, é inquestionável que o sistema
liberal capitalista atual tem falhas catastróficas, porém mesmo o comunismo,
que para mim foi a alternativa mais bem elaborada e exaustivamente explorada
contra tal sistema, falhou e ruiu como os tijolos do emblemático Muro de Berlim, que ruiu a partir da
vontade e dos braços da tão castigada classe operária.
Talvez precisássemos de um pouco mais de tempo para
entendermos o que a passagem do século XX para o século XXI de fato significa
para a humanidade, mas enquanto tentávamos entender Columbine[13],
o 11 de setembro de 2001[14]
gritou aos nossos olhos e mostrou ao mundo que terror tinha uma nova face.
Como em todas as quartas-feiras sai mais cedo da escola,
precisava cortar o cabelo e fui até o salão para fazer isso. Enquanto a
cabeleireira cortava meus cabelos, eu assistia “Tico e Teco” [15]
na televisão, de repente tudo foi interrompido pela imagem de aviões lotados de
pessoas sendo utilizados como bombas em alvos que, acima de tudo, atacavam o
ego e os sonhos da maioria de nós cidadãos ocidentais. Eu tinha treze anos, e
para mim foi como se minha infância acabasse ali.
Se o nazismo enganou a povo alemão e boa parte do mundo
com seu espetáculo estético que culminou na barbárie, a barbárie dos atentados
de 11 de Setembro de 2001 foi o próprio “espetáculo estético” gritando a
verdade para os quatro cantos do mundo. A verdade que o fracasso da emancipação
da razão ainda se fazia presente.
Com a queda das torres gêmeas evidenciou-se que vivemos
numa conjuntura mundial ainda mais fraca do que na época em que o nazismo ascendeu
ao poder. Digo que criamos todas as possibilidades para que aquele ataque
ocorresse sem que fosse necessário que algum louco com ideias de dominação
subisse ao poder de uma grande nação. Aqueles atentados foram idealizados e
executados por uma minúscula quantia de indivíduos que criaram sua própria
fundamentação teórica e se organizaram de maneira livre e espontânea para
cometer tal barbárie.
Podemos pensar que este não é um bom exemplo, pois havia
diversos motivos políticos e instituições que financiaram tal atentado. Concordo,
e gostaria então de retornar para o dia 20 de abril de 1999, onde Harris e
Klebold escreveram "Não culpem mais
ninguém por nossos atos. É assim que queremos partir”[16]
enquanto planejaram o extermínio de seus colegas e professores e assim
fizeram sem a necessidade da ajuda de ninguém. Como evitar que Columbine não se
repita? Essa deve ser nossa preocupação no momento. Colocar câmeras de
monitoramento e detectores de metais nas escolas e faculdades não parece a
solução mais filosófica e se mostra totalmente ineficaz frente aos inúmeros
novos atentados de mesma natureza ocorridos de 1999 até hoje. Por isso creio
que já estamos vivendo não abaixo de um furacão, mas sim sob a brisa
fantasmagórica de uma Nova Auschwitz.
Quando olhamos as aldeias dos
homens, vemos todo esplendor do desenvolvimento que se ergue nas mais variadas
formas tecnológicas e arquitetônicas, porém não conseguimos ver as “obras”
ainda maiores onde fracassamos. É Como se tentássemos esconder todo fracasso da
história da humanidade talvez com medo de que isso possa ofuscar o espetáculo
do progresso.
Neste processo de ocultação do
fracasso se abafam os gritos de todas as vítimas inocentes do progresso. Julgo
que para Adorno viria justamente destes gritos a força transformadora oriunda do
passado. Devido a isso, temos cada vez mais pessoas vivendo sem a devida
consciência da história, fato que nos torna cada vez mais estranhos a nós
mesmos.
Quando observo a mim mesmo, e
principalmente aos jovens transgressores, vejo um sistema que tenta estripar de
cada indivíduo o que seria propriamente humano, visando falsificar a identidade
de cada um através da indústria cultural, que para mim tem como fim último
transformar sujeitos em objetos.
Caberia às escolas o dever de
promover o devido esclarecimento às nossas crianças, para que elas possam
exercer sua autonomia. Neste sentido o ensinar deveria se distanciar do “formar
seres identificados com seu sistema” e toda pedagogia deveria ser
necessariamente libertadora. Propostas de pedagogia libertárias e libertadoras
não nos faltam, por que então falhamos em evitar a repetição sucessiva de
Columbine?
Falhamos, pois quando tentamos
responder para nós mesmos o porquê necessitamos sermos seres autônomos, não
mais nos identificamos com os ideais propostos nos tempos de Kant. Para piorar
ainda mais a situação, o Daemon (δαίμων) utilitarista grita em
nossos ouvidos: “-Não precisamos ser
autônomos, é mais fácil nos curvarmos ao sistema que reclama sua autoridade.”
O sucesso é a palavra de ordem deste
início de século XXI. Todas as pessoas que conheço desejam o sucesso e admiram
as pessoas bem sucedidas em suas mais variadas variáveis. Mas só tem sucesso
quem “joga as regras do jogo” e dentro delas extrapola os resultados
previamente esperados, ou seja, o indivíduo bem sucedido não precisa ser
autônomo. Por outro lado, é provável que o sujeito que enfrente o sistema de
forma autônoma seja desencorajado até mesmo por aqueles por quem luta e
defende. Este paradoxo Adorno chama de “eliminação do sujeito para assegurar
sua auto conservação.”[17]
As relações sociais de dominação (...) exigem disciplina a lógica da dominação mascarada de “autodeterminação”, seja na autoafirmação soberana dos que participam na troca capitalista, seja no pensamento identificador. (Moreira, 2008, p.22)
Vejo que a maioria dos
sujeitos está perfeitamente identificada com a lógica do sistema. Por isso toda
a indignação e revolta dos oprimidos acaba convertida em auto conservação do
sistema. Voltando para casa após um cansativo dia de trabalho, pego o ônibus
que está lotado com mais de cem pessoas se espremendo entre ferros e bancos.
Não vejo ninguém reclamando e se mobilizando contra a lógica dominadora que nos
submete aquela situação, mas vejo vários de nós murmurando orgulhosamente o
fato de que logo comprarão um automóvel ou motocicleta e se “libertarão”
daquela situação.
Matthew Lipman em sua
obra O Pensar na Educação diz que a
escola é a instituição localizada entre os interesses públicos e privados das
mais diversas facções que nossa sociedade possui. Entre elas as mais influentes
na “formação” do indivíduo estão a família e o Estado. Em minha Crítica à Escola[18]
mostro que para sobreviver ao longo dos séculos o mínimo necessário para que a
escola enquanto instituição permaneça detendo seu sentido[19],
é ter as mínimas condições de auto regência e autonomia. Infelizmente isso não
ocorre, a escola acaba engessada por forças externas, principalmente ligadas a
questões econômicas e políticas. A instituição que deveria nos ensinar a pensar
com a própria cabeça acaba por ser a responsável por imprimir em cada indivíduo
a marca do sistema opressor e seus interesses[20].
Não é à toa que a escola
seja o palco normalmente escolhido para a barbárie no século XXI. Junte todos
os “ingredientes” citados neste trabalho e adicione a Web 2.0[21];
temos assim o senário para a Nova Auschwitz, muito diferente da velha[22],
mas carregada do mesmo tipo de ódio e barbárie.
Navegando na Web 2.0 o
indivíduo esvaziado psicologicamente pelo sistema e sua Indústria Cultural tem
acesso a uma quantidade e diversidade de informações muito superiores ao que
encontraria na escola, nos meios de comunicação tradicionais ou na biblioteca
da esquina. Diferentemente destes velhos
meios que trazem a informação já pronta e a confronta com os indivíduos, a Web
2.0 traz sempre uma informação inacabada que grita por comentários e opiniões.
Outra característica relevante neste processo se dá por meio dos filtros de
pesquisa que estão cada vez mais precisos e dinâmicos, com eles o indivíduo
consegue filtrar toda informação que recebe, ou seja, passa a receber somente
aquilo que lhe interessa, excluindo tudo que for contrário ou desnecessário
para suas ideias e planos por mais maníacos que esses possam ser. Neste sentido
a Web 2.0 que pode ser uma ferramenta excelente no caminho do esclarecimento e
libertação dos indivíduos, revela sua outra face que é cruel e ainda mais
alienadora do que a velha mídia.
Nas redes sociais as
relações pessoais se falsificam em absoluto. Isolados em seus absurdos os
sujeitos esvaziados se isolam cada vez mais da realidade e passam a ser
geradores de conteúdo geralmente ligados ao ódio, discriminação, extremismo e
fundamentalismo, porém carregados de um falsificado pressuposto crítico à
realidade e ao sistema. Nesta loucura geralmente surgem admiradores e
seguidores que de uma forma ou de outra acabam por alimentar os planos de um
ataque como o de Columbine.[23]
Tudo isso junto dá ao
indivíduo esvaziado a sensação de ser Deus, ou de estar justificado perante ele.
Nos diários e cartas suicidas de jovens que cometeram este tipo de ato é comum
encontrar frases do tipo “me sinto como
um deus”, “Só Deus pode me julgar”, “Os impuros não me tocarão”[24],
etc. Claro que isso não tem ligação com fanatismo religioso, afinal estes
jovens não são fundamentalistas religiosos do mesmo jeito que estamos
acostumados a ver; eles simplesmente inventam sua própria religião
fundamentadora para sua barbárie.
Enquanto a mídia e os
especialistas tentam entender a sucessiva repetição de massacres do tipo
Columbine através das patologias psicológicas dos assassinos, ou dos jogos de
videogame violentos que jogavam, ou das distorções religiosas por eles feitas,
etc. perdemos o foco do real problema e pouco fazemos para que Columbine jamais
se repita.
Em última análise, o
sistema, usando como artifício o princípio de identidade e dominação, esvazia
os indivíduos até que toda sua originalidade e humanidade sejam estripadas,
gerando assim as lacunas necessárias para que patologias psicológicas severas
como a depressão, psicopatia e tendências suicidas aflorem e se desenvolvam. A
escola que deveria libertar acaba por reprimir ainda mais ao segregar os bem
sucedidos e os fracassados, surge assim o bullying, que no fim das contas serve
como motivação para que os mais severamente afetados se isolem cada vez mais da
realidade. Isolado o indivíduo esvaziado busca abrigo na internet que por fim
serve como ambiente fermentador do extermínio injustificável e massivo de seres
humanos, organizado burocraticamente e executado indiscriminadamente. Assim
sendo, o sistema consegue falsificar sua principal ameaça: O princípio de
autonomia.
Resta a mim como
brasileiro, educador e estudante de filosofia, lembrar incansavelmente o dia 07
de abril de 2011 e agir e educar para que Realengo jamais se repita.
REFERÊNCIAS
ADORNO, Theodor W. Dialética do
esclarecimento : fragmentos filosóficos.
Rio de Janeiro : Zahar, 2006. 223
p.
ADORNO, Theodor W. Dialética
negativa. Rio de Janeiro : Zahar,
c2009. 351 p.
G1, O portal de notícias da Globo. Polícia
prende homens que planejavam massacre contra estudantes em Brasília.
Disponível em http://g1.globo.com/jornal-hoje/videos/t/edicoes/v/policia-prende-homens-que-planejavam-massacre-contra-estudantes-em-brasilia/1868988/ Acessado em 03 de Junho de 2012.
GOULART, Fabio. 2.3 COMUNIDADE DE
INVESTIGAÇÃO. Disponível em http://www.filosofiahoje.com/2011/12/23-comunidade-de-investigacao.html Acessado em 03 de Junho de 2012.
GOULART, Fabio. Crítica à Escola.
Disponível em http://www.filosofiahoje.com/2012/06/critica-escola.html Acessado em 03 de Junho de 2012.
KANT, Immanuel. Resposta à
pergunta: “Que é o Iluminismo?”. Königsberg Dez., 1783, p. 516 Disponível
em http://www.lusosofia.net/textos/kant_o_iluminismo_1784.pdf Acessado em 03 de Junho de 2012.
LIPMAN, Matthew. O pensar na
educação. Petrópolis : Vozes,
1995. 402 p.
MOREIRA, Alberto da Silva. Adorno
: educação e religião. Goiânia: UCG,
2008. 120 p.
SILVA, Alex Sander da. A
“desmitologização” da educação a partir de Theodor W. Adorno [documento
impresso e eletrônico]. Porto Alegre,
2010. 134 f. Tese (Doutorado em
Educação) - PUCRS, Fac. de Educação. Disponível em http://tede.pucrs.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=2710 Acessado em 03 de Junho de 2012.
WIKIPÉDIA, a enciclopédia livre. Indústria
cultural. Disponível em http://pt.wikipedia.org/wiki/Ind%C3%BAstria_cultural Acessado em: 03 de Junho de 2012.
WIKIPÉDIA, a enciclopédia livre. Massacre
de Realengo. Disponível em http://pt.wikipedia.org/wiki/Massacre_de_Realengo Acessados em 03 de Junho de 2012.
WIKIPÉDIA, a enciclopédia livre. Massacre
de Columbine. Disponível em http://pt.wikipedia.org/wiki/Massacre_de_Columbine Acessado dia 03 de Junho de 2012.
WIKIPÉDIA, a enciclopédia livre. Web
2.0. Disponível em http://pt.wikipedia.org/wiki/Web_2.0 Acessado em: 01 de Junho de 2012.
YOUTUBE, Broadcast Yourself. Hitler
- Discurso Jgend - Legendado Portugues. Postado por: IMORRIVELL em 12 de
Julho de 2006. Disponível em http://www.youtube.com/watch?v=lAi7UnXp9Aw Acessado em 23 de Maio de 2012.
Entregue em: 04/06/2012.
[1] Mestrando em Filosofia na área de
Ética e Filosofia política pelo PPGFil da PUCRS; bolsista do CNPq; Bacharel e
Licenciado em Filosofia pela PUCRS e professor de Filosofia da Secretaria
Estadual de Educação do Estado do Rio Grande do Sul.
[2] http://www.filosofiahoje.com/2011/12/23-comunidade-de-investigacao.html acessado em 03 de Junho de 2012.
[3] Não quero dizer com isso que a
qualidade baixa da educação torne necessariamente as pessoas criminosas.
[4] “O termo indústria cultural (em
alemão Kulturindustrie) foi cunhado
pelos filósofos e sociólogos alemães Theodor Adorno (1903-1969) e Max
Horkheimer (1895-1973), a fim de designar a situação da arte na sociedade
capitalista industrial.(...) os dois filósofos alemães empregaram o termo pela
primeira vez no capítulo O iluminismo
como mistificação das massas no ensaio Dialética
do Esclarecimento, escrita em 1942, mas publicada somente em 1947.Para os
dois pensadores, a autonomia e poder crítico das obras artísticas derivariam de
sua oposição à sociedade. No entanto, o valor contestatório dessas obras
poderiam não mais ser possível, já que provou ser facilmente assimilável pelo
mundo comercial. Adorno e Horkheimer afirmavam que a máquina capitalista de
reprodução e distribuição da cultura estaria apagando aos poucos tanto a arte
erudita quanto a arte popular. Isso estaria acontecendo porque o valor crítico
dessas duas formas artísticas é neutralizado por não permitir a participação
intelectual dos seus espectadores.” De acordo com http://pt.wikipedia.org/wiki/Ind%C3%BAstria_cultural acessado dia 03 de Junho de 2012.
[5] Centro de Atendimento Socioeducativo.
[6] Como visto no discurso de Hitler em
1934 a jovens e crianças Alemães. Disponível em http://www.youtube.com/watch?v=lAi7UnXp9Aw
dia 23 de Maio de 2012.
[7] Ou Era do Esclarecimento.
[9] A palavra parece forte, mas é
necessária, pois julgo que é o termo que melhor expressa o fato de não termos
conseguido realizar o projeto da modernidade em sua plenitude, como também
revela o horror que pode surgir da lacuna deixada por sua não realização.
[10] apud.
Zamora em Moreira,2008.
[11] apud.
Zamora em Moreira,2008.
[12] O projeto de Adorno é um exemplo
destas tentativas.
[13] Refiro-me ao “massacre de Columbine
que aconteceu em 20 de abril de 1999 no Condado de Jefferson, Colorado, Estados
Unidos, no Instituto Columbine, onde os estudantes Eric Harris (apelido ReB),
de 18 anos, e Dylan Klebold (apelido VoDkA), de 17 anos, atiraram e massacraram
vários colegas e professores.” De acordo com http://pt.wikipedia.org/wiki/Massacre_de_Columbine acessado em 03 de junho de 2012.
[14] Refiro-me aos ataques terroristas
realizados pela Al-Qaeda contra os Estados Unidos da América nesta data.
[15] Personagens de desenho animado de
Walt Disney.
[17] apud.
Zamora em Moreira,2008.
[18] Disponível em http://www.filosofiahoje.com/2012/06/critica-escola.html acessado em 03 de Junho de 2012.
[19] Que é ensinar nossas crianças.
[20] O nazismo na Alemanha é o exemplo
mais claro e perigoso que isso pode nos representar.
[21] De acordo com http://pt.wikipedia.org/wiki/Web_2.0
acessado em 01/06/2012: “Web 2.0 é um termo criado em 2004 pela empresa
americana O'Reilly Media para designar uma segunda geração de comunidades e
serviços, tendo como conceito a "Web como plataforma", envolvendo
wikis, aplicativos baseados em folksonomia, redes sociais e Tecnologia da
Informação. Embora o termo tenha uma conotação de uma nova versão para a Web,
ele não se refere à atualização nas suas especificações técnicas, mas a uma
mudança na forma como ela é encarada por usuários e desenvolvedores, ou seja, o
ambiente de interação e participação que hoje engloba inúmeras linguagens e
motivações.”
[22] Julgo que tal horror não deve ser
comparado.
[23] Como visto em http://g1.globo.com/jornal-hoje/videos/t/edicoes/v/policia-prende-homens-que-planejavam-massacre-contra-estudantes-em-brasilia/1868988/ que fala da prisão de Emerson Eduardo
Rodrigues (vulgo Sílvio Koerich) e Marcelo Valle Silveira Mello que mantinham
um blog com mensagens de ódio contra judeus, negros, mulheres, nordestinos,
homossexuais e ainda instigavam a prática do abuso sexual conta menores. De
acordo com investigação da Polícia Federal brasileira os dois mantiveram
contato com Wellington Menezes de Oliveira que em 7 de abril de 2011 invadiu a
Escola Municipal Tasso da Silveira, localizada na no bairro de Realengo, cidade
de Rio de Janeiro no estado do Rio de Janeiro, e atirou contra vários alunos e
professores matando doze deles antes de ser atingido por um tiro de um policial
e cometer suicídio. Além disso, a mesma investigação revelou que os dois
planejavam um massacre no estilo Columbine contra os estudantes da Universidade
de Brasília.
[24] Como visto em http://pt.wikipedia.org/wiki/Massacre_de_Columbine e http://pt.wikipedia.org/wiki/Massacre_de_Realengo acessados em 03 de Junho de 2012.
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