sábado, 31 de agosto de 2013
Tem um velho ditado que diz que "paciência tem limite". Minha paciência com os posts de alguns jovens coxinhas se esgotaram. Além de ter um conhecimento escasso sobre temas como marxismo, ateísmo, capitalismo, etc. Saem pela internet como verdadeiros "Dom quixotes", repetindo as sandices de seus heróis preferidos, que logicamente não tem credibilidade nenhuma do ponto de vista filosófico. As vezes até compartilham pensamentos de grandes filósofos, porém fazem isso sem pensar no conteúdo do argumento dos mesmos. Estou dizendo isso porque vomitam seu ódio contra a esquerda brasileira, ou melhor, qualquer pensamento de esquerda, fundamentado no ressentimento do liberalismo fascista conservador que segue, típico de meninos de apartamento... Isso já está enchendo o saco. Não é só por fazerem um "milhão" de posts sobre os ateístas burros que fizeram protestos contra o Papa, Ou fazer um monte de posts contra o PT. Sinceramente, não sou mais simpatizante do PT, pelo simples motivo dele ter criado políticas econômicas mais neoliberais do que o próprio PSDB. No entanto, dizer que o socialismo não pode funcionar, Que nazismo e comunismo são a mesma coisa, falar que o PT está criando uma "luta de classes" no Brasil, que os médicos estão em regime de escravidão( como se não houvesse escravidão na sociedade do trabalho), que existe meritocracia( que os médicos por terem estudado merecem salários mais dignos, como se 10 mil fosse pouco, num país onde a grande parcela da população vive a velha lei de "Muricy", as margens do acesso aos bens culturais e materiais, inclusive a classe de professores, técnicos em enfermagem, enfermeiros, fisioterapeutas, vendedores de AVON e NATURA, catadores de latinhas, etc) . Será que eles não sabem que Cuba sofre com o embargo econômico liderado pelos EUA? Será que estes jovens não sabem que o simples fato de se ter que trabalhar para sobreviver, enquanto outros herdam fortunas incalculáveis, prova que a luta de classe nunca acabou? Será que Eles só lê Veja e o Globo? Eu geralmente não perco tempo escrevendo contra jovens tão conservadores, que acham que as leis trabalhistas vigentes são justas ou que Cuba é o inferno e os EUA o paraíso. Gente que repete os argumentos anticomunistas da Guerra Fria. Eu geralmente não escrevo argumentos contra essas pessoas. Mas acho que as vezes “os coxinhas” passam dos limites da burrice tolerável. (Filósofo Jeverton Soares Dos Santos)
sexta-feira, 30 de agosto de 2013
Parafraseando Adorno, o que me choca não é a existência do absurdo, mas sua naturalidade. Esta semana, médicos brasileiros do Ceara "receberam" um médico cubano negro ( qualquer semelhança com o racismo é mera coincidência), com vaias e hostilidade, no aeroporto de Fortaleza, mostrando que a xenofonia não é uma prática necessariamente europeia. A maioria dos médicos brasileiros estão usando falácias contra os médicos cubanos tais como "eles estão roubando nossos empregos", ou "eles vieram em regime de escravidão", ou "eles não tem preparo para lidar com o nosso sistema de saúde", etc. Tudo isso é mentira! O pior é que tem até "filósofos" deslegitimando a vinda dos profissionais. Só falta agora os médicos anunciarem uma eutanásia coletiva nos seus pacientes como forma de protesto contra a "precarização" do exercício da medicina. Pois, afinal, "tudo o que estes médicos humanistas mais querem é um tratamento digno para os pacientes brasileiros". Em suma: um tratamento que eles jamais deram ao povão. (Filósofo Jeverton Soares Dos Santos)
quinta-feira, 29 de agosto de 2013
A Maldição de Cuba - O Som da Verdade #14
O Ministério da saúde assinou um acordo com a Organização Pan-americana de
Saúde, para a contratação emergencial de médicos, neste caso 4 mil cubanos.
Esta medida, nada mais é do que aquela “resposta” prometida aos
protestos deste ano pelo Governo Federal que visa levar médicos para as áreas
mais pobres do país, situadas principalmente entre as regiões Norte e Nordeste.
É obvio que esta medida por si só, não resolve muita coisa, pois o
investimento em equipamentos, hospitais e recursos básicos, precisam acompanhar
estes programas do governo, mas é vergonhoso ver críticas na contramão da
razoabilidade e bom senso.
Mesmo depois de muitos anos, o Brasil ainda sustenta aquela velha
visão aristocrata inútil em muitas pessoas. Privilégios, influência política,
vestimenta e locais exclusivos, ditadores das “regras” de tudo no país. Nobres
Fidalgos em seus palácios.
A opinião da Jornalista Micheline Borges, infelizmente também é o
pensamento de muitos brasileiros, que costumam olhar as pessoas de cima para
baixo, julgando as aparências e como sempre, querendo negar direitos e rotular
pessoas e profissões.
Vivem em um mundo, onde a “aparência é tudo”. Onde a roupa que a
pessoa está usando é mais importante
do que o trabalho e competência e onde a “cara da pessoa” é o principal.
Este é um “mundo” preocupante, pois todos nós deveríamos ser
“parecidos”, como humanos que somos, mas também "diferentes" como humanos que somos .
Não há como ficar indiferente com este tipo de situação, que mais
uma vez nos é apresentada.
“Me perdoem se for preconceito, mas essas médicas cubanas têm uma
cara de empregada doméstica. Será que são médicas mesmo? Afe, que terrível.
Médico, geralmente, tem postura, tem cara de médico, se impõem a partir da
aparência... coitada da nossa população. Será que eles entendem de dengue? E
febre amarela? Deus proteja o nosso povo”, Foi a declaração postada por Micheline no Facebook, o que gerou
uma séria de discussões na internet, fazendo ela excluir suas contas em todas
as redes sociais.
Quando será que esta
Mentalidade-Micheline acabará? E Será que acabará?
Autor: Fábio Fleck
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quarta-feira, 28 de agosto de 2013
terça-feira, 27 de agosto de 2013
segunda-feira, 26 de agosto de 2013
domingo, 25 de agosto de 2013
Battlefield 3 - Vídeo análise ( 9800 GT Gráficos Ultra ) Review HD
Vídeo análise, gameplay, nota e recomendação. Assista e de dê sua opinião.
Um dos FPS mais queridos de todos os tempos.
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sábado, 24 de agosto de 2013
sexta-feira, 23 de agosto de 2013
quinta-feira, 22 de agosto de 2013
quarta-feira, 21 de agosto de 2013
terça-feira, 20 de agosto de 2013
segunda-feira, 19 de agosto de 2013
sexta-feira, 16 de agosto de 2013
Filósofo : Como ser um? O que faz? O quanto ganha?
*Neste vídeo o Filósofo Fabio Goulart fala de um jeito simples e claro sobre a profissão de filósofo em pleno século XXI. Ele explica que não há nada de místico ou de mágico na profissão FILÓSOFO. Assista até o final, conheça mais sobre o assunto e quem sabe um dia torne-se um verdadeiro filósofo...
Vídeo de Aula de introdução à filosofia: http://www.youtube.com/watch?v=kTfrpoXlH8U&feature=c4-overview-vl&list=PLOl9D5HIk5GUxPo1SbfwgVq5Iweh3ujn7
Vídeo de humor sobre a vida dos filósofos: http://www.youtube.com/watch?v=OWnddNDHa7I&list=FLfv34fV3IMruhSWCxcc0_UQ
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quinta-feira, 15 de agosto de 2013
Somos todos diferentes, únicos e originais, mas indústria cultural busca uniformizar os pensamentos, os sonhos, as vontades e tudo mais que compõe o que podemos chamar de força de originalidade dos indivíduos. De tal maneira ela cria uma lógica interna autorreguladora e retroalimentadora que nos ensina a tratar com hostilidade tudo que se apresenta como diferente de si mesma para assim se autoconservar de ameaças internas e externas. Justamente assim a sociedade cria seu jeito de impor-se sobre os indivíduos, falsificando a impressão de já estar contida na essência de cada um, forçando-nos o princípio de identidade que acaba por impossibilitar o exercício da autonomia plena e tenta se colocar no lugar de uma suposta natureza humana. (Filosofo Fábio Goulart)
quarta-feira, 14 de agosto de 2013
Infelizmente o nosso mundo acadêmico está tomado por filósofos de poltrona. Filósofos que não tem coragem pra sair dos livros e ir para as ruas, e que chamam qualquer coisa que assim faça de "Não filosofia". Sinto informar a estes senhores que sua filosofia já está morta, a filosofia de verdade é aquela que escorres do lado de lá da janela da biblioteca. Esta atitude antiquada destes filósofos é menos que arrogância, é uma atitude de defesa infantil. Dentro dos livros e das citações este "filósofo de poltrona" tem todo segurança para "argumentar", porém no mundo real ele é um ser indefeso que pode ser derrubado pelas mais toscas palavras de um ignorante qualquer... (Filosofo Fábio Goulart)
terça-feira, 13 de agosto de 2013
A passagem do século XX para o XXI não foi gradual como se poderia esperar em um mundo “já resolvido”, unilateral e liberal pós a queda do Muro de Berlim em 1989. Foi uma passagem chocante e apressada, marcada definitivamente pelos atentados de 11 de Setembro de 2001. Com a queda das torres gêmeas evidenciou-se que vivemos numa conjuntura mundial ainda mais fraca do que na época em que o nazismo ascendeu ao poder. Digo que criamos todas as possibilidades para que aquele ataque ocorresse sem que fosse necessário que algum louco com ideias de dominação subisse ao poder de uma grande nação. Aqueles atentados foram idealizados e executados por uma minúscula quantia de indivíduos que criaram sua própria fundamentação teórica e se organizaram de maneira livre e espontânea para cometer tal barbárie. (Filosofo Fábio Goulart)
segunda-feira, 12 de agosto de 2013
A história do cinema alemão pós guerra é curiosa. Meses depois do término da Segunda Guerra Mundial, o cinema alemão já era forte, graças ao "patrocínio" americano. Havia o interesse dos EUA em manter a parte ocidental da Alemanha "afiada" à ideologia liberal. Em meio ano, a Alemanha Ocidental já tinha uma indústria cinematográfica produtiva, mas de pouca qualidade. Na verdade a qualidade nunca foi a prioridade do cinema hollywoodiano. Tampouco do alemão. O fato é que curiosamente as empresas cinematográficas preferiam contratar pessoas que declaradamente seguiam o nazismo do que aqueles que defendiam o comunismo. Em poucos anos, mais de 90% dos empregados que se declaravam simpatizantes do comunismo foram demitidos. Diretores, escritores e atores também sofreram com o terror do "Macartismo" alemão. Este episódio, longe de ser isolado, só reforça o preconceito criado em torno do conceito de comunismo. Enquanto o comunismo for tratado como filme de terror e o nazismo como filme de ficção, a humanidade desconhecerá a verdade. (Filósofo Jeverton Soares Dos Santos)
domingo, 11 de agosto de 2013
Tim Maia tem razão. O Brasil é um lugar engraçado. Aqui, segundo suas palavras, prostituta tem orgasmo, cafetão sente ciúmes, traficante se vicia e pobre é de direita. Sobre esta predisposição de pobre ser de direita, eu não culpo tanto quem é assim. Pois afinal, sou pobre e sei como o acesso ao ensino público é precário. A educação pública é ruim, e não por culpa dos professores obviamente. Eles fazem o que devem com o que podem. De qualquer forma, fico chateado em ver tantas pessoas que vivem do trabalho defenderem o sistema que as subjugam. É o famoso e curioso fenômeno da escravidão voluntária. O indivíduo renuncia a possibilidade de ser sujeito em nome do sacrifício coletivo. Por isso que a música Tempo Perdido de Renato Russo é atual. Sabe qual a diferença entre escravidão involuntária e a voluntária? É que trocaram as correntes por salário. (Filósofo Jeverton Soares Dos Santos)
sábado, 10 de agosto de 2013
Walter Benjamin, com
base em Paul Valéry, escreve que "todos os esforços para estetizar a
Guerra convergem para um ponto. Este ponto é a Guerra. A Guerra e somente a
Guerra permite dar um objetivo aos grandes movimentos de massa, preservando as
relações de produção existentes". Adorno vai além disso. Ele sugere que a
guerra é uma desculpa para não mexer com o sagrado direito à propriedade. Ser
de esquerda não significa seguir Marx como se fosse o Messias, mas simplesmente
profanar o sagrado regime capitalista. (Filósofo
Jeverton Soares Dos Santos)
sexta-feira, 9 de agosto de 2013
Videogames, Violência e Assassinato dos Pais
*Filósofo Fabio Goulart analisa o caso do assassinato da família de PM´s da cidade de São Paulo onde supostamente o filho de 13 anos seria o culpado & a suposta relação dos videogames (em especial o jogo Assassin's Creed) com a ocorrência dos fatos.
Será que a culpa pode ter sido dos videogames? Assista e reflita...
Vídeo do GuilhermeGamer: http://www.youtube.com/watch?v=mleJnZzjodk&feature=c4-overview&list=UUKTlayjh47LQdeHGzaHWMfw
Vídeo do Cauê Moura: http://www.youtube.com/watch?v=sUrV6_Feif0&list=UUm2CE2YfpmobBmF8ARLPzAw
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Escola de Frankfurt - Primeiros Passos e Estudos
Para quem deseja iniciar seus estudos sobre a Escola de Frankfurt, a bibliografia varia de acordo com o interesse. Pensando nisso, fiz uma pequena escala de dificuldade de acordo com a motivação que cada um tem para se inteirar sobre o assunto.
"Curioso": Quem não sabe praticamente nada sobre a Escola de Frankfurt, e se interessa em saber que movimento filosófico foi este por curiosidade, ou sem pretensões acadêmicas, recomendo os seguintes livros que são facilmente encontrados na Internet.
"Escola de Frankfurt: luzes e sombras do iluminismo" de Olgária Matos. Extremamente didático e pontual tematicamente, além de ser "leve" e bem simples de ler e compreender.
" Escola de Frankfurt" de Giovanni Reale e Dario Antiseri, presente no volume de História da Filosofia Contemporânea. Apesar de ser superficial, como todo livro de história da filosofia, ele oferece um panorama bom sobre o tema.
"Introdutório: Para quem já teve algum contanto com alguma obra dos autores da Escola de Frankfurt, ou já tem algum conhecimento sobre filosofia, recomendo o livro de Martín Jay, intitulado "La imaginación Dialéctica: una história da Escuela de Frankfurt".Apesar de ser criticado pelo déficit de conhecimento sobre o marxismo, o autor consegue ser introdutório e profundo ao mesmo tempo, coisa que é difícil em filosofia.
Há também uma obra formidável chamada "Totalidade & desagregação: sobre as fronteiras do pensamento e suas alternativas", de Ricardo Timm de Souza, que atualmente está disponível eu seu blog. Trata-se de um texto que apesar de não ser exclusivamente sobre a Escola de Frankfurt, oferece uma leitura profunda e aguçada sobre o tema.
Há também as obras de Rodrigo Duarte, maior conhecedor de Adorno no Brasil, mas destaco a chamada "Dialética do Esclarecimento" da coleção filosofia passo-a-passo, que introduz pontualmente sobre a obra mestre deste movimento filosófico.
Avançado: É claro que nada substitui a leitura dos textos escritos pelos próprios membros. Mas tal leitura exigirá tempo e paciência no começo. Portadores de um conhecimento histórico, filosófico, psicanalítico, estético, sociológico, etc., os autores da Escola de Frankfurt assustam os desavisados. Recomendo as seguintes obras: "Dialética do Esclarecimento", de Adorno e Horkheimer. Teoria crítica e teoria tradicional" de Horkheimer. A coletânea de ensaios de Benjamin, sobretudo "Mágia,arte, técnica e política". "Minima Moralia" de Adorno. "História e consciência de classe" de Luckás. "Eros e civilização" de Marcuse.
É claro que existem outras obras importantes, mas creio que com a leitura destas, você poderá ter uma boa base de conhecimento. (Filósofo Jeverton Soares Dos Santos)
"Curioso": Quem não sabe praticamente nada sobre a Escola de Frankfurt, e se interessa em saber que movimento filosófico foi este por curiosidade, ou sem pretensões acadêmicas, recomendo os seguintes livros que são facilmente encontrados na Internet.
"Escola de Frankfurt: luzes e sombras do iluminismo" de Olgária Matos. Extremamente didático e pontual tematicamente, além de ser "leve" e bem simples de ler e compreender.
" Escola de Frankfurt" de Giovanni Reale e Dario Antiseri, presente no volume de História da Filosofia Contemporânea. Apesar de ser superficial, como todo livro de história da filosofia, ele oferece um panorama bom sobre o tema.
"Introdutório: Para quem já teve algum contanto com alguma obra dos autores da Escola de Frankfurt, ou já tem algum conhecimento sobre filosofia, recomendo o livro de Martín Jay, intitulado "La imaginación Dialéctica: una história da Escuela de Frankfurt".Apesar de ser criticado pelo déficit de conhecimento sobre o marxismo, o autor consegue ser introdutório e profundo ao mesmo tempo, coisa que é difícil em filosofia.
Há também uma obra formidável chamada "Totalidade & desagregação: sobre as fronteiras do pensamento e suas alternativas", de Ricardo Timm de Souza, que atualmente está disponível eu seu blog. Trata-se de um texto que apesar de não ser exclusivamente sobre a Escola de Frankfurt, oferece uma leitura profunda e aguçada sobre o tema.
Há também as obras de Rodrigo Duarte, maior conhecedor de Adorno no Brasil, mas destaco a chamada "Dialética do Esclarecimento" da coleção filosofia passo-a-passo, que introduz pontualmente sobre a obra mestre deste movimento filosófico.
Avançado: É claro que nada substitui a leitura dos textos escritos pelos próprios membros. Mas tal leitura exigirá tempo e paciência no começo. Portadores de um conhecimento histórico, filosófico, psicanalítico, estético, sociológico, etc., os autores da Escola de Frankfurt assustam os desavisados. Recomendo as seguintes obras: "Dialética do Esclarecimento", de Adorno e Horkheimer. Teoria crítica e teoria tradicional" de Horkheimer. A coletânea de ensaios de Benjamin, sobretudo "Mágia,arte, técnica e política". "Minima Moralia" de Adorno. "História e consciência de classe" de Luckás. "Eros e civilização" de Marcuse.
É claro que existem outras obras importantes, mas creio que com a leitura destas, você poderá ter uma boa base de conhecimento. (Filósofo Jeverton Soares Dos Santos)
quinta-feira, 8 de agosto de 2013
Não existe nada de mais imbecil e ingênuo do que confundir cultura popular com cultura de massa ou pop. Cultura popular diz respeito àquelas manifestações religiosas, sociais, estéticas, tradicionais, em suma, a toda ação realizada por grupos ou comunidades com valores ou ideais comuns, manifestações não coercitivas e valorativas. Já à cultura de massa, ou pop, corresponde àqueles valores, ideais e produtos criados por instituições com o intuito de adquirir mais capital e/ou poder. Portanto, não é KAFKA o grande inimigo da festa do boitatá, mas qualquer livro com rótulo de BEST SELLER. (Filósofo Jeverton Soares Dos Santos)
quarta-feira, 7 de agosto de 2013
Antes de algumas pessoas saírem por aí reclamando das cotas para negros, se utilizando de argumentos falaciosos, baseados no ressentimento e sensação de injustiça, devem se perguntar sobre que condições a grande maioria dos negros vivem, devem observar quantos negros ocupam classes em escolas primárias de ensino privado, quantos negros ocupam cargos bem assalariados, devem observar também o preconceito implícito na televisão brasileira, e acima de tudo: deve se perceber que não basta querer ou ter força de vontade para ascender socialmente. É preciso criar mecanismo que possibilitam igualdade de competição. Já que qualquer pessoa que queira defender a igualdade antropológica, deve estar ciente que isso não quer dizer necessariamente igualdade social ou igualdade de oportunidades. (Filósofo Jeverton Soares Dos Santos)
terça-feira, 6 de agosto de 2013
100 pessoas morrem de gripe por mês.
As ideologias neoliberais, que reduzem a vida em mera força de trabalho, se manifestam até mesmo numa propaganda de medicamento contra gripe. Nessa propaganda, a atriz Cleo Pires fala que "A NAÇÃO CORISTINA D NÃO PODE PARAR POR CAUSA DE UMA GRIPE". Ela define essa nação como aqueles que trabalham, estudam e que batalham, mas que não podem parar. No entanto, é assustador o índice de pessoas que morrem todos os anos por causa de "gripe" no Brasil, conforme o link que segue abaixo. Pessoas que se "parassem" para irem ao médico ou que considerassem suas vidas mais importantes do que o trabalho, certamente não estariam nesses índices de morte por gripe. Há também outro aspecto interessante nisso tudo: aqueles que defendem que trabalhar é uma virtude, geralmente são os menos virtuosos. http://ne10.uol.com.br/canal/cotidiano/saude/noticia/2009/07/30/100-pessoas-morrem-de-gripe-comum-por-mes-em-pernambuco-195047.php (Filósofo Jeverton Soares Dos Santos)
segunda-feira, 5 de agosto de 2013
Qual é o valor da leitura? Estaria no efêmero prazer de se conhecer palavras novas? Estaria na eterna aventura de pensar além de si através de outrem? Estaria na feliz desventura de se emancipar psicologicamente mas se tornar um chato socialmente? Como alguém pode começar a apreciar a leitura a partir de livros como A CABANA? Como alguém pode se habituar a ler textos de auto- ajuda? Não seria o maior autoengano que existe? Não seria tão romântico como o machismo? Tão subversivo como a bíblia? Tão inteligente quanto o futebol? Querer que um leitor de Augusto Cury leia "Crime e Castigo" não seria tão cruel quanto o nazismo? Tão insano quanto o fascismo? O abismo que separa a literatura universal da literatura pop só pode ser ultrapassado por aqueles que não acreditam mais na ingenuidade literária. Enquanto houver leitores de Kafka, a humanidade terá alguma esperança ainda... (Filósofo Jeverton Soares Dos Santos)
domingo, 4 de agosto de 2013
Race Driver GRID 2 Primeiros 10 Minutos de Jogo
*Desculpem pelo vídeo ter ficado neste formato pequeno e ridículo...Salvei no formato errado... Prometo que não vai voltar a se repetir heheheh
*10 primeiros minutos de Gameplay do game Race Driver GRID 2 pra você degustar e decidir se vale a pena jogar mais*
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TRÊS TESES SOBRE A VIOLÊNCIA (Texto)
Abaixo segue o texto de um dos maiores intelectuais brasileiros em atividade. Trata-se do filósofo Ricardo Timm de Souza. Neste ensaio, ele trabalha a questão da violência deste sua gênese filosófica à suas implicações biopolíticas. Vale a pena ler.
TRÊS TESES SOBRE A VIOLÊNCIA
CONSIDERANDO que o racismo é o medo elevado à exponencial do preconceito e, portanto, uma forma particularmente virulenta de violência, seguem 3 teses sobre o assunto.
Primeira tese sobre “Violência versus Alteridade”: “Tudo aquilo que entendemos por violência, em todos os níveis, do mais brutal e explícito à violência coercitiva e socialmente sancionada do direito positivo, e, inclusive, a violência auto infligida, repousa no fato exercido de negação de uma alteridade”.
A violência, no sentido aqui proposto, se constitui na medida em que se exerce, desde um polo de decisão individual ou social, de forma consciente ou em contextos que sugerem inconsciência, atos que negam a condição de “outro” do outro, ou seja, daquele que não pertence ao polo de decisão. A isso chamamos “negação de uma alteridade”: a tentativa de neutralizá-la enquanto tal, aniquilá-la ou reduzi-la ao campo próprio de decisão do “mesmo”, da Totalidade autorreferente que tem a posse do discurso e a força para exercer o seu poder.
Segunda tese sobre “Violência versus Alteridade”: “Não é possível compreender as infinitas manifestações da violência a não ser superando a fragmentação intelectual-emocional a que essas induzem por seu próprio acontecer. Assim, a maior das violências consiste em velar os vínculos profundos que qualquer ato violento tem com qualquer outro ato violento”.
As infinitas formas de manifestação da violência no mundo contemporâneo não se dão com a mesma transparência à visibilidade. Em todos os níveis da vida contemporânea ocorre o exercício de formas múltiplas de negação da alteridade. Porém, enquanto algumas dessas formas são claras, inequívocas e exploradas socialmente, outras (por exemplo, a violência econômica) permanecem no campo de uma pretensa “naturalidade” – ou de uma “neutralidade”- à qual seria impossível escapar, realimentando assim o ciclo da própria violência. O início da compreensão do sentido que a violência assume no mundo atual passa pela compreensão dessa que é a “maior” de todas as violências: a desconexão entre a infinita cadeia de fatos que são, todos, expressões e traduções as mais diversas da mesma estrutura de negação da alteridade por um polo poderoso e totalizante de decisão.
Terceira tese sobre “Violência versus Alteridade”: É possível pensar que a desarticulação da racionalidade violenta passe pelo questionamento radical de certos postulados da razão tidos como intocáveis pelo esclarecimento moderno e que, , pregando a unidade racional da razão, na verdade acobertam a violência exercida contra outras racionalidades possíveis e reais”.
É o caso de certos lugares-comuns do imaginário sócio histórico moderno, como a promulgação da igualdade por sob a égide da razão, dada a um cérebro capaz de apreende-la por inteiro. Se isso era concebível a um Descartes, nas auroras da modernidade, Camus nota que os discursos da igualdade, não obstante toda a importância histórica que tiveram, necessitam da revisão profunda em termos de situação sócio histórica contemporânea, pelo menos desde as grandes catástrofes do século XX – “a cada razão se pode opor outra razão”. As indicações de nosso tempo estão a apontar para a difícil transposição de um modelo de igualdade promulgada – onde, de fato, se acobertam os mais iguais que outros – a um modelo de diferença exercida – onde, de fato, nenhum particular sucumba por sob as imposições de algum tipo de razão onisciente, ainda que bem-intencionada. É esse o tempo que vivemos, e por isso ele é tão difícil e exigente: ele exige a sua reconsideração na sua totalidade de sentido.
Conclusão
As bases da cultura ocidental encontram-se corroídas há muito tempo. A totalidade da violência – que se expressa, por exemplo, em um modelo sócio-político-econômico suicida, que se totaliza em torno à sua própria razão, ignorando tanto os argumentos tradicionais como os fatos absolutamente visíveis a qualquer um, por exemplo, onde interesses meramente econômicos se sobrepõem a todos os outros (veja-se a questão sobre a conferência de Kyoto) – essa totalidade exige uma incisividade de abordagem que as ferramentas da tradição são incapazes de fornecer. Somente os tempos atuais, na voz para além da centralidade da totalidade, têm a possibilidade de encontrar saídas para seus próprios impasses, e essas saídas passam pela reconsideração profunda do que seja a racionalidade propriamente dita. E essa reconsideração aponta no sentido de que a racionalidade é, em sua base de significação mais grave e primogênita, exatamente a (racionalidade) ética – o respeito indeclinável à alteridade do Outro em todos os sentidos e dimensões. Sem essa reconsideração, corremos o risco de, com as melhores intenções e armados da mais aguda inteligência, nos tornarmos coadjuvantes inocentes do suicídio coletivo do maior império da história da humanidade.
TRÊS TESES SOBRE A VIOLÊNCIA
CONSIDERANDO que o racismo é o medo elevado à exponencial do preconceito e, portanto, uma forma particularmente virulenta de violência, seguem 3 teses sobre o assunto.
Primeira tese sobre “Violência versus Alteridade”: “Tudo aquilo que entendemos por violência, em todos os níveis, do mais brutal e explícito à violência coercitiva e socialmente sancionada do direito positivo, e, inclusive, a violência auto infligida, repousa no fato exercido de negação de uma alteridade”.
A violência, no sentido aqui proposto, se constitui na medida em que se exerce, desde um polo de decisão individual ou social, de forma consciente ou em contextos que sugerem inconsciência, atos que negam a condição de “outro” do outro, ou seja, daquele que não pertence ao polo de decisão. A isso chamamos “negação de uma alteridade”: a tentativa de neutralizá-la enquanto tal, aniquilá-la ou reduzi-la ao campo próprio de decisão do “mesmo”, da Totalidade autorreferente que tem a posse do discurso e a força para exercer o seu poder.
Segunda tese sobre “Violência versus Alteridade”: “Não é possível compreender as infinitas manifestações da violência a não ser superando a fragmentação intelectual-emocional a que essas induzem por seu próprio acontecer. Assim, a maior das violências consiste em velar os vínculos profundos que qualquer ato violento tem com qualquer outro ato violento”.
As infinitas formas de manifestação da violência no mundo contemporâneo não se dão com a mesma transparência à visibilidade. Em todos os níveis da vida contemporânea ocorre o exercício de formas múltiplas de negação da alteridade. Porém, enquanto algumas dessas formas são claras, inequívocas e exploradas socialmente, outras (por exemplo, a violência econômica) permanecem no campo de uma pretensa “naturalidade” – ou de uma “neutralidade”- à qual seria impossível escapar, realimentando assim o ciclo da própria violência. O início da compreensão do sentido que a violência assume no mundo atual passa pela compreensão dessa que é a “maior” de todas as violências: a desconexão entre a infinita cadeia de fatos que são, todos, expressões e traduções as mais diversas da mesma estrutura de negação da alteridade por um polo poderoso e totalizante de decisão.
Terceira tese sobre “Violência versus Alteridade”: É possível pensar que a desarticulação da racionalidade violenta passe pelo questionamento radical de certos postulados da razão tidos como intocáveis pelo esclarecimento moderno e que, , pregando a unidade racional da razão, na verdade acobertam a violência exercida contra outras racionalidades possíveis e reais”.
É o caso de certos lugares-comuns do imaginário sócio histórico moderno, como a promulgação da igualdade por sob a égide da razão, dada a um cérebro capaz de apreende-la por inteiro. Se isso era concebível a um Descartes, nas auroras da modernidade, Camus nota que os discursos da igualdade, não obstante toda a importância histórica que tiveram, necessitam da revisão profunda em termos de situação sócio histórica contemporânea, pelo menos desde as grandes catástrofes do século XX – “a cada razão se pode opor outra razão”. As indicações de nosso tempo estão a apontar para a difícil transposição de um modelo de igualdade promulgada – onde, de fato, se acobertam os mais iguais que outros – a um modelo de diferença exercida – onde, de fato, nenhum particular sucumba por sob as imposições de algum tipo de razão onisciente, ainda que bem-intencionada. É esse o tempo que vivemos, e por isso ele é tão difícil e exigente: ele exige a sua reconsideração na sua totalidade de sentido.
Conclusão
As bases da cultura ocidental encontram-se corroídas há muito tempo. A totalidade da violência – que se expressa, por exemplo, em um modelo sócio-político-econômico suicida, que se totaliza em torno à sua própria razão, ignorando tanto os argumentos tradicionais como os fatos absolutamente visíveis a qualquer um, por exemplo, onde interesses meramente econômicos se sobrepõem a todos os outros (veja-se a questão sobre a conferência de Kyoto) – essa totalidade exige uma incisividade de abordagem que as ferramentas da tradição são incapazes de fornecer. Somente os tempos atuais, na voz para além da centralidade da totalidade, têm a possibilidade de encontrar saídas para seus próprios impasses, e essas saídas passam pela reconsideração profunda do que seja a racionalidade propriamente dita. E essa reconsideração aponta no sentido de que a racionalidade é, em sua base de significação mais grave e primogênita, exatamente a (racionalidade) ética – o respeito indeclinável à alteridade do Outro em todos os sentidos e dimensões. Sem essa reconsideração, corremos o risco de, com as melhores intenções e armados da mais aguda inteligência, nos tornarmos coadjuvantes inocentes do suicídio coletivo do maior império da história da humanidade.
sábado, 3 de agosto de 2013
Heidegger escreveu uma carta para Marcuse dizendo o motivo principal que o levou filiar-se ao Nazismo: o "perigo" do Comunismo. É isso mesmo. Ele achava que a doutrina nazista era melhor do que a comunista. E o pior que tem muita gente que acredita nisso ainda hoje. São os mesmos que pensam que bandido bom é bandido morto, que só é pobre quem quer, que não se compadece de ver animais sendo maltratados, que não ajuda nem os próprios amigos em momentos de necessidade... Estas pessoas não se sentem mal com nada disso, afinal vão a igreja toda a semana e isso já basta. (Filósofo Jeverton Soares Dos Santos)
sexta-feira, 2 de agosto de 2013
Filosofia Ácida
Vivemos numa era engraçada. Por todos os cantos se insinua que a diferença (pluralidade) é algo bom, que ela mostra a evolução de nossa mentalidade social. Eu concordo plenamente com isso. Não acho que um mundo onde todos pensam iguais, se vestem iguais, agem iguais, etc., seja aceitável hoje. No entanto, eu vejo que por detrás deste discurso oficial que proclama o imperativo do "respeito as diferenças" se mascara uma velha mentira: de que a diferença radicalmente "diferente" daquilo que se espera, não pode ser aceita. Falo isso tendo como base o próprio facebook. Muita gente espera que eu fale e escreva o óbvio. Que eu trate de temas fúteis, vazios e sem relevância existencial nenhuma para ninguém. Eu até poderia escrever posts sobre a poesia escadinava do século III. Talvez muita gente me idolatraria por causa disso, já que saber é poder. Poderia ser como Arnaldo Jabor, Paulo Coelho ou Pedro Bial. Eu teria muitos fãs e até "amigos" se começasse a postar sobre relacionamento, misticismo e "Big Brother". Pois afinal é pra isso que serve a filosofia na cabeça dos tontos: entretenimento depois de um árduo dia de trabalho e reflexão desconexa com a realidade. Mas não!!! EU Sou teimoso. Nego-me fazer filosofia café-com- leite, já que neste tipo de filosofia, o leite está sempre azedo. (Filósofo Jeverton Soares Dos Santos)
quinta-feira, 1 de agosto de 2013
Nietzsche é muito lido hoje, mas pouco compreendido. Tem gente que quer analisar seus aforismos tendo um paradigma pré-estabelecido, tal como o lógico. É impossível entendê-lo logicamente. Sua filosofia é a tentativa feroz de superar o tipo de mentalidade formalista. (Filósofo Jeverton Soares Dos Santos)
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