segunda-feira, 30 de setembro de 2013
A direita é estranha
A direita é estranha. Um dos argumentos mais usados por eles é a de que "a esquerda é religião". Qualquer semelhança com a revista Veja não é mera coincidência. O fato é que todos os "geniais" defensores do conservadorismo e reacionarismo dizem: "não seja idiota, siga-me". Olavo de Carvalho, Pondé e Reinaldo de Azevedo são exemplos do que o déficit de intelectualidade social pode fazer: sujeitos tornando-se rebanho. Por fim, não é possível que a direita não entendeu ainda que quando Nietzsche falava em moral do rebanho, se referia justamente ao conservadorismo judaico-cristão, a quinta essência da direita raivosa. (Filósofo Jeverton Soares Dos Santos – Da página Filosofia Hoje )
domingo, 29 de setembro de 2013
Top Blog 2013
Olá! O Filosofia Hoje está participando do Prêmio Top Blog Por isso, convido a todos que já conhecem o trabalho para votarem, através do link: http://www.topblog.com.br/2012/index.php?pg=busca&c_b=12390
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sábado, 28 de setembro de 2013
Para onde vai o crescimento da economia?
Eu fico achando engraçado quando as pessoas compram aqueles discursos ideológicos de noticiário de TV de que a economia "cresceu tantos por cento", como se isso fosse necessariamente bom pra todo mundo. Se há concentração da riqueza, que diferença faz o crescimento da economia, se a maior parte da população não tem acesso à riqueza que ela mesmo cria?
Aí ficam dizendo "você tem que trabalhar mais, temos que investir em infraestrutura [leia-se, foda-se a educação] para empresas para o país poder crescer".
Poderia ser traduzido assim: precisamos usar dinheiro público para construir infraestrutura para ser usada por grandes empresas que vão explorar a matéria prima e a mão de obra (de preferência barata) para fazer o "país crescer". Às vezes aqueles 6 ou 7% da "economia" "crescendo" é só mais grana no bolso do patrão. Aí, se utilizam da abstração "o país" para justificar quando as pessoas não veem a cor da riqueza produzida: é porque ela foi "para o país", e se você não tiver acesso à riqueza agora, deve trabalhar mais, para fazer o "país crescer", e um dia, quem sabe, verá essa tal de "economia crescendo". (Filósofo Jeverton Soares Dos Santos)
Poderia ser traduzido assim: precisamos usar dinheiro público para construir infraestrutura para ser usada por grandes empresas que vão explorar a matéria prima e a mão de obra (de preferência barata) para fazer o "país crescer". Às vezes aqueles 6 ou 7% da "economia" "crescendo" é só mais grana no bolso do patrão. Aí, se utilizam da abstração "o país" para justificar quando as pessoas não veem a cor da riqueza produzida: é porque ela foi "para o país", e se você não tiver acesso à riqueza agora, deve trabalhar mais, para fazer o "país crescer", e um dia, quem sabe, verá essa tal de "economia crescendo". (Filósofo Jeverton Soares Dos Santos)
sexta-feira, 27 de setembro de 2013
Prenderam o “Batman”, mas Natan o deputado “Danadão”, não perdeu o mandato! - O Som da Verdade #15
O “Batman” foi preso!
Sim, ele foi preso no Rio de Janeiro, pois estava participando de um protesto com
a fantasia de super-herói.
Um grupo de manifestantes se reuniu na frente do Ministério
Público, no centro do RJ, na tarde de quarta-feira (25/09), para fazer um ato
nacional pela liberdade dos presos políticos e contra o terrorismo de estado.
Eron Moraes de Melo, 32, foi para uma manifestação fantasiado
de Batman e foi detido por policiais militares, pois se negou a retirar a
máscara.
Definitivamente não há como decidir se isso tudo é
engraçado, ou não, pois a situação é complicada. Imagine você ver o Batman
sendo preso, por estar protestando. Devido à lei 2.405/13, instituída em tempo recorde pelo
governador Sérgio Cabral, Eron foi preso, fazendo aquilo que a polícia de Gothan nunca conseguiu.
Por
outro lado, temos o caso do Natan, o deputado “Danadão”, que foi condenado a 13
anos de detenção pelo Supremo
Tribunal Federal (STF) por peculato e formação de
quadrilha, mas que não perdeu o mandato.
A
Câmara dos Deputados decidiu manter o mandato de um deputado condenado e já
preso por roubar oito milhões de reais dos cofres públicos. Mas a pergunta é: O
que ele irá fazer com o mandato? Vai continuar trabalhando diretamente do
presidio, ou irá até a câmara trabalhar?
Também
temos o caso do julgamento do mensalão, que se arrasta por longo tempo, mas que
sempre é interrompido, ou adiado por uma surpresa de última hora.
Proibir
o uso de máscaras em manifestações é como substituir a polícia pela Mãe Dináh,
pressupondo que os que estão usando máscaras estão cometendo crime! Mas que crime?
Sabemos
que o uso destas máscaras, iniciou-se há pouco tempo e teve origem nas manifestações
de Junho e é utilizado como um símbolo pelos manifestantes. Também sabemos que
esta proibição que só acontece no RJ é uma espécie de vingança do governador do
RJ para com os manifestantes, principalmente pelo fato de que a maioria deles
também é a favor da saída de Sérgio Cabral do poder.
O argumento
utilizado na época foi bem aceito por grande parte da população, pois tinha em
vista a proteção do estado contra o vandalismo e a violência nos protestos. A
coerência está em pedir a identificação da pessoa com a máscara, mas não
proibir o uso.
Os principais
motivos dos protestos foram a corrupção política e a maneira como os
brasileiros estavam lidando com ela, ou seja, esta reação por parte do governo
a curto prazo, é uma medida coíbe os protestos pelo medo de ser preso de muitos,
mas também serve de combustível para dar continuidade aos mesmos por parte
daqueles que estão dispostos a desafiar uma lei como esta.
Diversos
especialistas em direito, discordam totalmente com esta prática de proibição de
uso de máscaras.
Por fim
uma última análise:
“Enquanto o diagnóstico é
perspicaz, a solução proposta é controversa.
Nos extremos, é subjetiva. Por
exemplo, incluiria véus? Burcas? Quantas pessoas formam uma manifestação?
Quando o ato torna-se público? E se a máscara for a mensagem do protesto em si?
E o Carnaval, como fica?
Mas, para ficar em problemas
imediatos: se a máscara em si for considerada uma forma de expressão, a Assembleia
estará legislando contra uma norma da Constituição Federal.
Segundo, é a eliminação de um
direito individual de todos como forma de resolver um problema causado por
alguns. Pior: a eliminação desse direito é imposta para remediar a ineficiência
do Estado em coibir e punir atos ilegais desses poucos.
Ademais, é a certeza da perda de
um direito a favor da possibilidade da resolução de um problema. Não há
garantia que criminosos deixarão de delinquir. Tampouco é certo que,
identificados, a polícia os prenderá e a Justiça os punirá. Afinal, ainda que
com mais dificuldade, já poderiam fazê-lo agora.
A “única certeza é que o direito
individual de todos não só dos baderneiros, já não existirá”.
(GUSTAVO
ROMANO, 36, mestre em direito pela Universidade Harvard e em administração pela
London Business School, é editor do site "Para Entender Direito").
Autor: Fábio Fleck
quinta-feira, 26 de setembro de 2013
Alienação brasileira
É assustador saber a que ponto chegou a alienação brasileira. Milhares de pessoas se inscreveram para trabalharem gratuitamente na Copa do Mundo, como se isso representasse um bem social. Estas pessoas são engraçadas. São as mesmas que levam cartazes para os estádios com frases vazias como "chega de corrupção". São as mesmas que não se importam com o fato de Ronaldo, Galvão Bueno e FIFA receberem milhões sem fazer nada. São as mesmas que não fazem nada de gratuito para ninguém como ceder lugar no ônibus para idosos e gestantes). São as mesmas que não se importam com a existência de moradores de rua e não fariam nada para reverter tal situação. São as mesmas que ficam horrorizadas vendo vidraças de banco sendo quebradas ou muros sendo pichados. O problema destas pessoas não é só terem orgulho de ser brasileiras (como se ser ou não ser de uma nação fosse um fator necessário, relevante). O grande problema deste pessoal é que não conseguem entender o quanto estão contribuindo para reforçar a própria barbárie que ocorre em nosso país (como a fome e a miséria, assim como desemprego e subemprego), barbárie que é ofuscada pela promessa de prosperidade de uma copa do mundo. (Filósofo Jeverton Soares Dos Santos)
quarta-feira, 25 de setembro de 2013
III SEMANA ACADÊMICA DO BACHARELADO EM FILOSOFIA DA FACULDADE IDC
De 21 a 24 de outubro de 2013
APRESENTAÇÃO
Convidamos os estudantes do Curso de Filosofia do IDC e de outras Instituições a submeter e apresentar comunicações em Filosofia [temática livre] na VIII Semana Acadêmica da Faculdade de Filosofia IDC. Os trabalhos serão apresentados em sessões
específicas de acordo com a área de pesquisa no turno da noite.
INSCRIÇÕES
Para comunicadores até o dia 01 de Outubro pelo email (filosofia@idc.edu.br).
Mais informações em http://bit.ly/1fjdQ5e
Envie pra nós o banner de seu evento de filosofia para publicação.
quarta-feira, 18 de setembro de 2013
Filosofia POP
A vulgarização da filosofia tem vários problemas. A principal é a abolição do trabalho do conceito. É fácil, para não dizer consolador, compartilhar ou citar frases de efeito de filósofos com o intuito de justificar uma opinião ou um estado de coisas. A filosofia pop transforma tudo em pré-conceito, pré-ideia, em suma, em ópio. O sujeito inquieto, sujeito aspirante a filósofo por excelência, acaba tendo os impulsos críticos fundamentais reprimidos por um pensamento que promete a felicidade e o consolo num tempo infeliz e desconsolador como o nosso. A filosofia pop, além disso, é cínica: além de ser sustentada por uma repugnante ideologia capitalista, ainda por cima desdenha as filosofias acadêmicas, dizendo que estas não são relevantes efetivamente, que elas não são capazes de tratar dos problemas reais e existenciais das pessoas, que, em suma, elas não são tão "úteis" e atuais. Mas existe algo mais irrelevante, irreal, inexistêncial, inútil e ultrapassado do que os ensinamentos de uma filosofia pop? Por mais pop que possa ser, toda filosofia deve permanecer sendo crítica para permanecer sendo filosofia. É o que tentamos aqui no Filosofia Hoje. (Filósofo Jeverton Soares Dos Santos)
segunda-feira, 16 de setembro de 2013
segunda-feira, 9 de setembro de 2013
Funk é Música ?
Podcast onde o filósofo Fabio Goulart conversa sobre o Funk Carioca com músico Fabio Fleck. Será que o este funk pode ser chamado de "música"? e de "arte"? o que é música? O que podemos dizer do funk como movimento de expressão cultural? Estas e outras questões são informalmente aqui abordadas para você ouvir, refletir e comentar... Está aberto o momento para dialogarmos sobre tal polêmico assunto...
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Blog: http://www.filosofiahoje.com/
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-Vídeo do Vlog 100% original
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sábado, 7 de setembro de 2013
Adorno, lendo Kafka, sublinha que nos textos kafkanianos, "cada frase diz: interprete-me; e nenhuma frase tolera a interpretação". Mutatis mutandis esta ideia se aplica à democracia liberal. Ela diz em todo momento: proteste! Mas nenhum regime liberal tolera qualquer oposição. Como nos textos de Kafka, a monstruosidade vivida pelos personagens( de algum protesto) é encarada de maneira natural( pela imprensa liberal). (Filósofo Jeverton Soares Dos Santos)
terça-feira, 3 de setembro de 2013
Tem gente que acredita em "mágica" quando o assunto é política. Acredita que a democracia liberal parlamentar funciona e é a única que existe e pode existir. Acredita que a culpa de todos os males que afligem a sociedade se resume em "corrupção" ou, em última análise, na má administração pública. Que no momento que a política mudar, a sociedade mudaria para melhor. Ouso dizer que mesmo que todos os políticos resolvessem ser honestos, ainda assim existiria desigualdade e miséria. Que mesmo que todos os políticos resolvessem ser mais humanos e solidários, ainda assim poucos terão muito e muitos terão pouco. Que mesmo que todos os políticos resolvessem trabalhar em nome dos direitos humanos básicos, ainda assim existiria segregação racial e social, existiria a indústria cultural voltada para os interesses dos privilegiados, existiria os bancos e multinacionais voltados para os próprios interesses econômicos. O que eu quero dizer com tudo isso? Só pode haver mudança na política se houver mudança social radical. A radicalidade do comunismo está no fato de colocar o projeto da emancipação humana acima dos interesses do Estado ou da separação entre o poder e o povo. Como já havia indicado Benjamin, a separação do poder e povo já é uma forma de violência. (Filósofo Jeverton Soares Dos Santos)
segunda-feira, 2 de setembro de 2013
Aconteceu um fato bárbaro em Porto Alegre a menos de duas semanas. Digno da mentalidade estadunidense de ser humano. Um homem teve uma parada cardíaca no centro de Porto Alegre. Um repórter da RBSTV (Poderosa afiliada da rede Globo), que passava no local, resolveu chamar ajuda. E gravou tudo o que ocorreu. As cenas são fortes do ponto de vista ético. Primeiro a indiferença da polícia, que, apesar de ter sido a única autoridade pública que chegou no local para socorrer o homem, demorou mais de 30 minutos, tempo injustificável já que se tratava de uma região central, Tenho certeza que se eu tivesse quebrado a vidraça de algum banco demoraria menos de cinco minutos para aparecer um PM e me prender por “vandalismo”. Disso eu não tenho dúvida. Aliais, se eu estivesse por perto é exatamente o que eu teria feito. Ninguém fez nada e o homem morreu. A lógica de nossas autoridades é a seguinte: Morrer por omissão pode, já cometer vandalismo em sinal de protesto, não. Em segundo lugar, a indiferença da atendente da polícia, que queria que o repórter anotasse um número de protocolo contra a Brigada Militar enquanto estava ocorrendo o infarto. Em terceiro lugar, a SAMU, onde o médico, além de ter sido extremamente estúpido com o repórter, disse que não havia ambulância e "ponto", que o problema não era dele, e ainda desligou na cara o telefone. É importante salientar que o repórter em nenhum momento se identificou como tal, provavelmente se fizesse isso alguma coisa poderia ser diferente. Como já disse: O mais cruel de tudo isso é que o homem que sofreu infarto morreu no hospital, depois de quase uma hora sem socorro. Porto alegre hoje conta com 13 postos de ambulâncias espalhadas pela cidade. Será que falta estrutura hospitalar ou empatia médica? E tem gente que é contra a vinda dos médicos estrangeiros. É fácil ser a favor do ato médico quando nunca se sofreu por causa da apatia dos médicos. (Filósofo Jeverton Soares Dos Santos)
domingo, 1 de setembro de 2013
É engraçado que aqueles que se dizem "preocupados" com os direitos trabalhistas dos cubanos nunca proferiram uma palavra sequer sobre a decadente situação dos bolivianos em São Paulo. Este tipo de gente é estranha. Usa tênis fruto do trabalho escravo de crianças e jovens indianos; usa "smartphone" produzido em alguma periferia de Bangladesh; Ou até mesmo dirigem alguma "Mitsubishi" da Tailândia. Suas roupas são de alguma multinacional instalada estrategicamente na China ( que desde a morte de Mao Tse, já não é mais comunista, diríamos que ficou com o pior do comunismo e do capitalismo ao mesmo tempo). Seu notebook provavelmente foi feito no Haiti... Tudo com mão de obra sem direitos trabalistas. Mas nada disso importa. Para estes "humanistas" em abstrato, tudo o que cheira a socialismo é ruim a priori. Só "pode"' existir miséria e escravidão em país cujo o regime é socialista. Isso não parece óbvio? O problema destes humanistas em abstrato é que eles "não tem nenhum problema concreto". Eles nunca passaram fome, por isso acham que a liberdade de ter um "Nike" é mais relevante do que a de saciar a fome. "Humanos, demasiadamente humanos". (Filósofo Jeverton Soares Dos Santos)
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