A sociedade pseudo esclarecida suprime até a última reminiscência do sujeito, substituindo-o e falsificando sua subjetividade natural por sua força de trabalho. Toda subjetividade natural se dilui nas “regras” do jogo da razão instrumental e assim o positivismo se entranha nos neurônios para garantir que a última instância intermediária entre ação individual e norma social seja totalmente eliminada. Diluído num processo técnico o sujeito reificado é livre do pensamento e medo mítico, ele fica confortavelmente seguro, mas fica alienado mesmo em uma era de superinformação como vivemos hoje, tem sua consciência eliminada, sua vida e seu mundo perdem sentido e significado, ele “torna-se um mero adminículo da aparelhagem econômica que tudo engloba.” Ele torna-se mera peça do sistema, sendo jogado de um lado para outro como uma ‘bola sete’ em uma mesa de sinuca. Por mais que a mídia, o governo e outras instituições se esforcem em tentar convencer os indivíduos que tudo isso é normal, é impossível passar por este ‘horror nosso de cada dia’ sem sofrimento. A razão instrumental nos aliena e reifica, mas não elimina nossos sentimentos, porém ela não os deixa impune, para que os indivíduos educados em sua lógica se esforcem em ignorar o que sentem, ela rebaixa de maneira emblemática tudo aquilo que sentem à patologias psicológicas ou sociais, resquícios primitivos que devem ser superados pra o progresso necessário. (Filósofo Fabio Goulart – Da página Filosofia Hoje)
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