É notável que os filmes e jogos de videogames estão cada vez mais realísticos, a indústria busca com todas suas forças esta “realidade”, afinal quanto mais “real” for seu produto, mais longe deixa seu consumidor da verdadeira e “perigosa” realidade. Com os novos jogos FPS, MMO e Free-for-Play milhões de pessoas, geralmente jovens, constroem verdadeiras vidas sociais online, passam horas e mais horas conectadas a milhões de outras pessoas virtuais e acabam não percebendo que só quem tem vida social de verdade é seu personagem no jogo, pois sua vida social real já está completamente refém da indústria. No videogame somos heróis para que realidade não sejamos exatamente isso, no cinema não é muito diferente, minha geração foi encantada por filmes com “espetaculares lutas contra o sistema” para saciar nossa sede pela transformação superestrutural que necessitamos. Não há como assistir The Matrix, Fight Club, Equilibrium ou Tropa de Elite 2 sem sair da sala com a incrível sensação orgástica alheia de ver o herói da tela causar uma verdadeira ruptura no sistema, porém é justamente ao regozijarmos o gozo do herói fictício e que perdemos o time para começar as ranhuras aqui necessárias, de certa forma a ficção torna-se a realidade e a realidade uma ficção que escorre por entre nossos dedos. (Filósofo Fabio Goulart – Da página Filosofia Hoje)
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