Bom dia e Boa Semana a todos(a)! Gostaria de começar com um assunto bem leve
para nossa reflexão, ontem foi dia das crianças, então eu gostaria de falar
sobre crianças gays... Vou contar um causo de minha infância, lá da prainha da
Costa do Sol que fica entre Pinhal e Cidreira. Eu era da rua 12, mas tinha uma
turma de amigos da rua 10, também tinha o Gugu. Todos tínhamos 7 ou 8 anos de
idade e aproveitando as férias de verão não havia nada melhor do que brincar e
discutir temas importantes como: “Qual seu super-herói favorito”. Eu disse que
o meu era o Batman, o Pedro disse o Super Man, o Junior disse que era o Goku, e
assim todos foram dizendo seus heróis, quando chegou a vez Gugu e ele disse: “Meu
herói é a Barbie”. Ficamos todos em silêncio, vários segundos apenas com o
constrangedor barulho do vento batendo nos pinheiros. Mas o silêncio foi
rompido por alguém exclamando “Não vale, a Barbie não é herói!”, o Gugu
prontamente questionou “Por que a Barbie não é herói?”, eu mesmo respondi “Porque
não tem poderes”, Gugu mandando uma espécie de beijinho no ombro retrucou “e
desde quando o Batman tem poderes?”... “O poder do Batman é o dinheiro!”... “A
Barbie tem mais dinheiro do que o Batman”... “O Batman luta contra bandidos e
salva pessoas.”... “A Barbie também luta contra bandidos e salva pessoas,
sereias e fadas.”... “Pois é... ela também tem uma Ferrari legal, né Gugu?”...“Nem
sei, eu não entendo nada de carro, só sei que a Barbie é minha herói”. Todos
estão estávamos de comum acordo que a Barbie era uma heroína e de comum acordo
encerramos o debate e começamos a brincadeira, cada um era o seu herói, o Gugu
era a Barbie.
Os anos foram passando, fomos ficando adolescentes, o Gugu
naturalmente foi se afastando do grupo de meninos da rua e se juntando ao grupo
de meninas, eu sempre fui amigo do Gugu, eu queria beijar a Patrícia, a
Juliana, a Tasiane, a Tamy, a Michele, etc., mas sozinho não sabia como chegar
no “mundo das meninas”, nada melhor do que pedir para o Gugu “Fazer os lados” e
daí não tinha mistério, era só chegar e ficar, era o único jeito do garoto
gordo (que entrava no mar usando camisa) beijar algumas das gurias mais lindas
do litoral. Gugu pra mim sempre foi um amigo, mas para alguns dos outros
meninos da turma da rua 10 não. Gugu era “diferente” e o discurso de aceitação
da Barbie como herói foi morrendo e dando lugar a um discurso de ódio contra os
meninos que achavam que a Barbie era um herói... Eu sempre entendi a
sexualidade do Gugu, ele sempre foi gay, mas nunca entendi a homofobia dos
outros meninos, quando crianças não precisávamos mais de 5 minutos de conversa
para entendermos que alguns meninos querem ser o Batman e outros querem ser a
Barbie e que isso não estraga a brincadeira da turma. O Gugu era da rua 9. (Filósofo
Fabio Goulart da página FilosofiaHoje.com)
A very nice article.....!
ResponderExcluirAnd I like this blog template, share to me haha..