segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

Direitos Humanos - Aula 1 - Proteção Internacional



O Filósofo Fabio Goulart apresenta orgulhosamente a aula número um do curso de Direitos Humanos do membro do CEIFH (Centro de estudos independente Filosofia Hoje) e especialista em direitos humanos: Dr.Gustavo Oliveira de Lima Pereira. Este curso é de nível intermediário, possui um total de sete aulas produzidas para o programa Saber Direito da TV Justiça. As aulas serão disponibilizadas todas as segundas-feiras e ficam disponíveis para que o máximo de pessoas possam desfrutar deste conhecimento.

Vídeo da Próxima Aula: Em Breve!
Vídeo Original: https://www.youtube.com/watch?v=PTeKIWjkAek

Gustavo Pereira é Doutor em Filosofia pela PUC/RS (2014). Graduado em Direito pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (2005). Especialização em Ciências Penais pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do sul (2007). Mestre em Direito Público pela Unisinos (2009). Professor de Direito Internacional e Teoria do Direito da PUC/RS. Tem experiência na área de pesquisa acadêmica, com ênfase em Direito Internacional e Cosmopolitismo, internacionalização do Direito, Proteção Internacional para Apátridas e Refugiados, criminalização do estrangeiro, ética da Alteridade, Hospitalidade, desconstrução, democracia por vir e o pensamento de Jacques Derrida, Filosofia Política, Filosofia e Teoria do Direito. Advogado do GAIRE - Grupo de assessoria a imigrantes e a refugiados, Vinculado ao Serviço de Assessoria Universitária da UFRGS. Especialista em Direitos Humanos e Membro do CEIFH.
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Música: Vivaldi - As quatro estações \ Primavera
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quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

Qual a Distância do Ensino a Distância



Pergunta que parece banal mas se revela essencial para analisar o que está acontecendo com a educação superior brasileira hoje: Qual a Distância do Ensino à Distância? Se não há distância alguma, Qual a Distância do Ensino à Distância? Neste vídeo o filósofo Fabio Goulart analisa a ascensão e decadência do ensino EAD no Brasil. Não há presunção de afirmar "coisas", mas apenas o pressuposto de causar a reflexão. Assista até o final, Clique no "gostei", adicione a favoritos, comente, curta e compartilhe com os amigos ;)

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-Vídeo do Vlog 100% original
-Música original minha e da minha banda disponível em http://www.youtube.com/watch?v=DrWvelMsBB0
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Lutando contra o sono

segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

O Rolezinho em Porto Alegre, no Shopping Moinhos, valeu a pena? - O Som da Verdade #20


Hoje faz um ano que foi realizado o Rolezinho em Porto Alegre.

E será que valeu a apena? Qual era o objetivo disso e por qual motivo foi feito?

Para entender esta questão, precisamos lembrar de qual era o objetivo deste evento. Esta mensagem estava no convite do evento:

"A manifestação é apresentada como um apoio ao povo da zona leste de São Paulo e das periferias das grandes cidades de todo o Brasil contra toda forma de opressão aos pobres e negros, em especial contra a brutal e covarde ação diária da polícia militar no Brasil, seja nos shoppings, nas praias ou nas periferias”.

Este Rolezinho, foi um passeio dentro de um shopping com a intenção de fazer uma crítica contra a desigualdade e o racismo. Ocorreu inclusive, uma combinação com o Shopping, com a polícia militar e EPTC, antes de tudo ocorrer. Todos os cuidados prévios, foram tomados antes do evento para uma correta organização.

Obviamente, mesmo combinando e programando o evento com o Shopping, eles solicitaram, sem avisar aos organizadores, uma liminar para impedir a entrada do "Rolezinho" no Shopping Moinhos, o que foi negado pela juíza responsável. Entretanto, ela concedeu uma liminar para casos de vandalismo, no valor R$150.000,00 caso ocorresse.

Centenas de críticas foram realizadas antes, durante e depois da manifestação. Na maioria dos casos apenas julgando os participantes, com adjetivos criativos. A ofensa e até mesmo a ameaça, tornaram-se parte da minha rotina, pois apesar de termos total liberdade de criar um ato como este, existem pessoas que se irritam a ponto de organizar uma vingança, seja virtual, ou pessoal e não raro, são as que mais clamam por "democracia e justiça" (individual, claro) em nosso país.

Defendem a vingança, justiça com as próprias mãos, mas não reconhecem o ato de protestar pacificamente, a não ser que elas façam isso, aí é totalmente válido.

No dia do evento, apesar de bem recebidos pela polícia, tivemos a surpresa da liminar, uma entrevista coletiva com a imprensa, cara feia dos seguranças, o relato do conselheiro tutelar Cristiano Pinto, dizendo que o Conselho recebeu telefonemas com tom de racismo e preconceito, vitrines de joalherias vazias e muitas lojas até fechadas. Tudo isso, pelo medo. O que comprovou que as muitos tinham plena certeza de que ocorreriam atos horríveis aquele dia.

Cerca de quatrocentas pessoas confirmaram o evento, que foi denunciado e deletado por duas vezes no Facebook. Foi incrível a repercussão midiática e o forte aparato de seguranças montado simples fato de um passeio de não mais de 70 jovens de periferia em tal estabelecimento (desde o início esperávamos entre e 50 e 100 jovens devido ao terror social espalhado e ao difícil acesso deste estabelecimento em relação aos bairros mais pobres da capital).

Nosso grupo era montado por jovens de periferia, estudantes universitários, professores, pela UJS (que aderiu a este movimento de maneira, pois não tínhamos qualquer ligação), advogados, conselheiros tutelares, e até por moradores da nobre região que apoiaram o grupo. Tudo que fizemos foi passear, olhar, lojas, consumir sorvete e refrigerante na praça de alimentação, conversar e se divertir.

Apesar disso tudo, tivemos mais jornalistas do que participantes (Para tristeza de alguns que adorariam ver violência, quebradeira e sangue). O evento em si, foi um sucesso. Como não aconteceu nenhum caso de vandalismo, ou violência, nem ofensa, o processo foi cancelado pela administração do estabelecimento em comum acordo com a organização do Rolezinho.

Claro que quem julgou e não apoio desde o início, criticou dizendo que não atingimos nosso objetivo. Mas a mensagem era a crítica e isso foi feito. Nunca foi nossa intenção quebrar nada, nem gerar nenhum tipo de prejuízo, pelo contrário, consumimos lá dentro. Queríamos mostrar a reação das pessoas quando jovens pobres entram em um Shopping, em um bairro nobre de Porto Alegre e nossas suspeitas se mostraram totalmente verdadeiras.

Muitas pessoas deram entrevistas dizendo que aquilo era inadmissível, que estavam retirando o espaço dos demais - espaço este que mesmo em um estabelecimento privado, permite acesso público - e que deveria ser reprimido pela polícia e impedimento judicialmente. Ameaças, julgamentos, suposições, deduções e até uma "vidência sarcástica", isso tudo foi desmentido não só por nós, mas pela polícia que negou enviar policiais para prevenir crimes que ainda não haviam ocorrido e até mesmo pela justiça, que não impediu a entrada de ninguém, pois a mesma é e deve ser pública, sem poder controlar o acesso de pessoas.

Por fim, isso tudo ocorreu devido a criminalização de grupos de pessoas - jovens -, onde várias generalizações foram feitas e o preconceito foi grande. Nós mostramos que não somente é possível organizar um protesto pacífico em qualquer lugar, como entregamos nossa crítica e passamos a mensagem para os demais organizadores de Rolezinhos que eles poderiam, se quisessem, organizar melhor estes eventos. Posteriormente, pretendíamos continuar com novos eventos culturais em outros locais, mas infelizmente a ideia não foi mantida, por vários motivos. Entre eles uma guerra ideológica que começou como reclamação em janeiro do ano passado e teve seu crescimento durante as eleições. Onde pessoas só visualizam tudo a partir de dois pontos e muitas vezes pretendem dividir o país desta forma.

É muito importante repensar esta crítica hoje. O pensamento egoísta e individualista e negativista, infelizmente se faz mais presente e mais forte todos os dias em nosso país. Precisamos reconsiderar isso e tentar entender melhor os motivos de tanta generalização, preconceito e visão acrítica por qualquer fato cotidiano. Essa foi e continua sendo a mensagem principal disso tudo.



Assista a reportagem sobre o Rolezinho em Porto Alegre:




 Veja abaixo os links das principais reportagens do fato no ano passado:

http://jcrs.uol.com.br/site/noticia.php?codn=151884

http://www.correiodopovo.com.br/Noticias/?Noticia=516549

http://noticias.terra.com.br/brasil/cidades/rolezinho-politico-em-shopping-tem-muita-seguranca-e-pouca-diversao,5f4ef498a9ca3410VgnVCM5000009ccceb0aRCRD.html

http://noticias.band.uol.com.br/cidades/rs/noticia/100000657975/Organizadores-do-Rolezinho-da-capital-prometem-manifestacao-pacifica.html

http://www.radioguaiba.com.br/Noticias/?Noticia=514948

http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2014/01/1399935-rolezinho-no-rs-tem-funk-em-praca-de-alimentacao-apesar-de-liminar.shtml

http://polibiobraga.blogspot.com.br/2014/01/brigada-seguranca-privada-e-oficial-de.html

http://www.jornaldelondrina.com.br/brasil/conteudo.phtml?tl=1&id=1440932&tit=rolezinho-no-rs-tem-funk-em-praca-de-alimentacao

http://www.jcnet.com.br/Nacional/2014/01/rio-e-porto-alegre-tem-rolezinhos.html

http://www.youtube.com/watch?v=hhxPG_eGr8c

http://www.filosofiahoje.com/2014/01/rolezinhos-porto-alegre.html

http://ultimosegundo.ig.com.br/brasil/2014-01-18/rolezinho-se-expande-pelo-pais-com-carater-de-protesto.html

http://noticias.band.uol.com.br/cidades/rs/noticia/100000657803/e-marcado-rolezinho-com-refri-e-pao-com-mortadela-em-porto-alegre.html

http://www.opovo.com.br/app/opovo/brasil/2014/01/20/noticiasjornalbrasil,3193488/shoppings-fecham-mas-rolezinhos-sao-mantidos.shtml 

http://jcrs.uol.com.br/site/noticia.php?codn=151829

http://www.rondoinformacao.com.br/nacional/7181-rolezinho-com-refri-e-pao-com-mortadela.html

http://www.estadao.com.br/noticias/cidades,rolezinho-nao-e-caso-de-policia-diz-ministra-dos-direitos-humanos,1119798,0.htm

http://www.jornalfloresta.com.br/index.php/noticias-2/geral/1153-porto-alegre-tem-tres-rolezinhos-marcados

http://maurenmotta.com.br/noticias/comportamento/rolezinho-chega-a-porto-alegre/

http://www.jb.com.br/pais/noticias/2014/01/16/carvalho-acao-da-policia-em-rolezinhos-pode-colocar-gasolina-no-fogo/

http://www.filosofiahoje.com/2014/01/o-rolezinho-o-som-da-verdade-17.html

Autor: Fábio Fleck (Filosofia Hoje)

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quarta-feira, 7 de janeiro de 2015

Wikipédia, é uma fonte confiável? - O Som da Verdade #19


A Wikipédia, é um projeto livre, da fundação Wikimedia, criado em 2001 por Jimmy Wales e Larry Sanger. Trata-se de uma coleção de muitas páginas interligadas (em cerca de 232 línguas) e cada uma delas construída de maneira coletiva sob a licença GNU (open source). O nome surgiu do termo wiki wiki, que quer dizer: rápido, ou veloz na língua havaiana.

Um assunto que sempre retorna as nossas conversas, é se a Wikipédia é confiável ou não. Seja na mesa do bar, ou na universidade, trata-se de uma dúvida recorrente.

Muitas vezes respondi esta dúvida simples, dizendo que assim como qualquer outro portal aberto para livre colaboração online, lá haviam várias regras a serem seguidas, bem como administradores responsáveis por fiscalizar e revisar conteúdos, denúncias e até vandalismos virtuais. Ou seja, não era tão simples como o clichê ouvido por aí: "Não é confiável, pois qualquer um pode editar".

Claro. Sabemos que "não é bem assim" pra alterar um conteúdo na página, ou pelo menos não era. Existem muitas regras, como podemos visualizar através deste link:

Todos podem publicar conteúdo on-line desde que sigam as regras básicas estabelecidas pela comunidade, como por exemplo a verificabilidade do conteúdo ou notoriedade do tema. Dentre as diversas páginas de ajuda à disposição dos editores, estão as que explicam como criar, editar um artigo ou inserir uma imagem. A Wikipédia é uma "enciclopédia livre", onde qualquer internauta disposto a compartilhar informações pode fazer suas contribuições. É possível criar verbetes relativos a qualquer área de conhecimento.

Muitas pessoas questionam inclusive o termo enciclopédia usado pelo portal, para designar este projeto, pois acaba implicando certa responsabilidade que ela não tem, ou mesmo não pode garantir. Segundo as regras da Wikipédia, todas as informações contidas nos conteúdos precisam ser embasadas em fontes confiáveis, mas é aí que pode começar o problema. Quais fontes são confiáveis? De que maneira é feita a revisão e que critérios seus administradores utilizam para eventuais correções? Muitas vezes podemos notar que as regras valem para alguns artigos e para outros não!

A própria Wikipédia admite que ela não deve ser utilizada como fonte primária de investigação. Além disso, na sua seção “About Wikipédia”, ela adverte que os “utilizadores devem estar cientes de que nem todos os artigos têm a qualidade de uma enciclopédia, podendo conter informação falsa ou controversa”.

Um dos fundadores da Wikipédia: Larry Sanger, também já disse que ela não é muito confiável. Para exemplificar, ele citou que há muita dificuldade na gestão de conteúdo e que já ocorreram uma série de escândalos por lá, entre estes, podemos citar uma guerrinha de funcionários da Apple e da Microsoft, um mudando artigos da empresa do outro.

É inegável que o projeto é muito bom e que já contribuiu muito com o conhecimento na internet, trouxe inclusão e acessibilidade de informações, é um dos dez sites mais visitados do mundo e contém mais de 6 milhões de verbetes e definições, porém a imprecisão e o método utilizado para edição de conteúdos, são os principais problemas da Wikipédia e um dos fatores que levaram a um dos fundadores abandonar o projeto.

Ele criou o site Citizendium, que ainda é realizado com contribuições dos usuários mas, esclarece Sanger, o diferencial é a constante monitoração feita por um grupo de especialistas e professores universitários, o que realmente faz toda a diferença.

Seguem abaixo os principais fatores para não se confiar na Wikipédia:

- Falta de verificação dos fatos sobre temas especializados;
- Parcialidade e conflitos de interesse;
- Disputas científicas e políticas;
- Exposição a agentes e advogados políticos;
- Patrulhamento ou higienização de artigos;
- Edição por recompensas financeiras;
- Conflitos envolvendo criadores de políticas do site;
- Tendenciosidade sistêmica;
- Tendenciosidade liberal (inclinações ideológicas);
- Anonimato dos editores;
- Nível do debate, guerras de edição, guerras de ofensas e assédio;
- Expansão da autoridade de administrador e abusos;
- O número de editores ativos na Wikipédia não tem crescido;
- A contribuição por parte de colaboradores ocasionais tornou-se mais complicada.

Fatos no Brasil:

É bom relembrar alguns casos recentes de pessoas que tiveram problemas com seus perfis na Wikipédia:

1) A rede de internet do Palácio do Planalto foi usada para alterar os perfis, no site Wikipédia, dos jornalistas Carlos Alberto Sardenberg e Miriam Leitão. Veja aqui mais informações sobre o caso.

2) Várias alterações incorretas foram feitas na biografia de Juremir Machado Jornalista gaúcho. Veja aqui mais informações sobre o caso.

3) Várias alterações negativas foram realizadas no perfil biográfico do ministro Gilmar Mendes. Veja aqui mais informações sobre o caso.

4) O perfil biográfico do Filósofo Paulo Ghiraldelli, foi apagado da Wikipédia após votação interna de alguns wikipedistas, onde o motivo alegado é plenamente pessoal e que fica evidente ao ler os argumentos. Veja aqui mais informações sobre o caso.


O que todos estes casos acima têm em comum? Simples: Motivos ideológicos.

Infelizmente, a Wikipédia não é mais uma fonte confiável.

E por fim, para que haja o devido destaque, os editores que possuem as famas mais negativas na Wikipédia e inclusive envolvimento nos casos citados acima, são:

Yanguas, que se diz Jornalista e Chico Venâncio. Basta fazer uma rápida pesquisa na internet para saber e constatar suas inclinações ideológicas em suas edições.


Autor: Fábio Fleck (Filosofia Hoje)